Brasil, 19 de dezembro de 2025
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STF rejeita embargos de Jair Bolsonaro e mantém condenação

No final da tarde desta sexta-feira (19/12), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou os embargos infringentes apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa decisão marca mais um capítulo nas ações judiciais em torno da tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

Detalhes da decisão do STF

Moraes, que atua como relator das ações relacionadas a esses eventos, considerou os embargos como “incabíveis e protelatórios”. Assim, a condenação imposta pela Primeira Turma da Corte foi mantida em trânsito julgado, ou seja, não cabe mais recurso.

Na argumentação, o ministro explicou que os embargos infringentes não cumpriam os requisitos estipulados pelo Regimento Interno do STF, uma vez que a condenação não contou com dois votos absolutos favoráveis que permitiriam a apresentação desse tipo de recurso. Moraes enfatizou que esse entendimento já está consolidado no tribunal há sete anos.

Princípios do Regimento Interno do STF

“Desde a definição pelo plenário do Supremo Tribunal, esse entendimento – exigência de dois votos absolutórios próprios para o cabimento dos embargos infringentes das decisões das Turmas – vem sendo aplicado em todas as ações penais, inclusive nas relacionadas aos crimes de Atentado às Instituições Democráticas e à tentativa de Golpe de Estado”, escreveu o ministro em sua decisão.

Rejeição de outros pedidos

Além dos embargos de Bolsonaro, Moraes também rejeitou pedidos semelhantes de outras figuras envolvidas, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que atualmente se encontra nos Estados Unidos.

Condenados do núcleo da trama golpista

Exceto por Ramagem, atualmente considerado foragido, os demais réus do núcleo 1 da tentativa de golpe já estão cumprindo suas penas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou Bolsonaro como o líder da organização criminosa que orquestrou os atos de 8 de janeiro.

O ex-presidente, por sua vez, está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. Outros condenados incluem:

  • Walter Souza Braga Netto, que está em uma cela especial na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que cumpre pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, preso em Brasília, na Estação Rádio da Marinha.
  • Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, que estão detidos no Comando Militar do Planalto (CMP).

Implicações políticas e sociais

A decisão de Moraes é vista como um reforço à justiça e à manutenção da ordem democrática no país. O STF, através de suas decisões, tem saltado à proteção das instituições e da Constituição, em tempos onde a polarização política e a instabilidade são palpáveis.

Esse desenrolar não apenas reforça a necessidade de responsabilidade e transparencia de figuras públicas, mas também evidencia como o Estado de Direito opera no Brasil, mesmo quando enfrenta desafios significativos. As ações do STF têm sido fundamentais para que os cidadãos mantenham a confiança na integridade do sistema judiciário.

Enquanto as repercussões dessa decisão se espalham pelo cenário político e social, o Brasil se vê em um momento crucial, onde a democracia e o respeito às instituições são pilares que estão sendo constantemente testados. O desfecho desse caso é aguardado com expectativa por muitos, evidenciando a complexidade da situação atual e a busca por justiça.

As ações atuais levantam questionamentos sobre a responsabilidade dos líderes políticos e a importância de um sistema judicial independente, capaz de agir em conformidade com a lei, independentemente de pressões externas ou influências políticas.

Assim, continua a saga de Jair Bolsonaro e os desdobramentos de suas ações, enquanto o Brasil observa ansioso o resultado dos acontecimentos e suas consequências para o futuro do país.

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