Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Reunião ministerial de Lula destaca desafios para 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conduziu nesta quarta-feira (17/12) a última reunião ministerial do ano na Residência Oficial da Granja do Torto, em Brasília. O encontro teve a presença dos principais ministros, líderes do governo e representantes de bancos públicos, cuja agenda incluiu um balanço das principais entregas do governo e discussões sobre os desafios e estratégias para 2026, ano eleitoral que pode resultar em um quarto mandato para o petista.

Cobranças e a narrativa do governo

Logo no início do encontro, Lula não hesitou em cobrar de seus auxiliares a necessidade de melhorar a comunicação do governo com a população. Para ele, o governo ainda não encontrou “a narrativa correta” para transmitir seus resultados à sociedade, especialmente em um ano que classifica como “o ano da verdade”.

“Nós precisamos fazer com que o povo saiba o que aconteceu neste país. Eu tenho a impressão que o povo ainda não sabe. Eu tenho a impressão que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram neste país”, afirmou.

O presidente também enfatizou que seus ministros devem se posicionar como parte do governo, evitando uma postura de “observadores externos”.

Transição ministerial e perspectiva eleitoral

Durante a reunião, Lula abordou a transição nos ministérios ocupados por auxiliares que pretendem concorrer nas eleições de 2026. Ele deixou claro que espera sucesso de seus ministros nas urnas. “Por favor, ganhem o cargo que vão disputar, não percam”, pediu.

Além disso, alertou que, no próximo pleito, os partidos que fazem parte da gestão terão que manifestar claramente suas alianças políticas, especialmente em um contexto de desgaste de relações com legendas como o União Brasil e o PP, que desistiram de apoiar o governo nos últimos meses.

Demissões e novas nomeações

Ao final da reunião, Lula anunciou a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo, um movimento resultado da pressão do seu antigo partido, o União Brasil. O novo nome indicado para assumir a pasta é Gustavo Feliciano, aliado do deputado Damião Feliciano (União-PB).

A mudança no ministério é vista como uma manobra de Lula para acionar aliados e ajustar a relação com o Congresso Nacional, em meio a um cenário de tensões políticas.

Relação com o Congresso e novos desafios

Lula também adotou um tom conciliador em relação ao Congresso, destacando sua amizade com os presidentes da Câmara e do Senado. Com a intenção de fortalecer a colaboração, ele afirmou que está disposto a dialogar e ajustar possíveis desentendimentos.

No meio da reunião, também foram discutidos planos para a criação do Ministério da Segurança Pública, uma medida que deve avançar conforme a PEC correspondente seja aprovada pelo Congresso. Lula ressaltou que a segurança pública terá um papel central nas questões políticas do ano eleitoral.

Desafios na política externa

No campo internacional, Lula afirmou estar disponível para auxiliar nas negociações de paz entre os EUA e a Venezuela, e reiterou a necessidade de assinatura do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Ele alertou que, caso não haja avanço nas negociações, o Brasil não retomará os diálogos enquanto ele estiver na presidência.

A expectativa do governo é finalizar um acordo que foi negociado por mais de 26 anos, enfrentando a resistência de países que demonstram preocupação com os impactos no setor agrícola.

Com um ano eleitoral se aproximando e desafios diversos à frente, a reunião ministerial de Lula reforça a necessidade de trabalho conjunto e comunicação eficaz entre os membros do governo, destacando a urgência de apresentar resultados à população.

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