A provável saída do ministro Fernando Haddad da Fazenda, prevista para o início do próximo ano, deve gerar uma troca de cargos na equipe econômica do governo Lula. Haddad, que vem sinalizando que não pretende disputar a reeleição, deve deixar o cargo para participar da campanha presidencial, embora o PT tenha interesse em que ele concorra a um cargo majoritário em São Paulo.
Mudanças na equipe e nomes cotados para o comando da Fazenda
Com a saída de Haddad, o atual número 2 do ministério, Dario Durigan, deve assumir a chefia do órgão. Essa mudança deve favorecer a promoção de Rogério Ceron, atual secretário do Tesouro Nacional, à secretaria executiva da Fazenda. Ceron é um dos principais responsáveis pelo novo arcabouço fiscal, a principal regra de gestão das contas públicas do governo.
Representatividade de Rogério Ceron
Formado em auditoria fiscal e com longa relação com Haddad, Ceron participou da gestão na prefeitura de São Paulo, onde atuou como subsecretário do Tesouro e secretário de Finanças. Entre as suas ações na pasta estão a implementação do arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos, permitindo um crescimento real das despesas de até 2,5% ao ano, além do retorno às captações externas e a criação dos green bonds, títulos sustentáveis.
Outros nomes na equipe e perspectivas para 2026
Além de Durigan e Ceron, permanecem na equipe o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello. Barreirinhas, que também foi gestor na prefeitura de São Paulo, é procurador do município. Mello, por sua vez, é professor da Unicamp.
Por outro lado, o secretário de reformas econômicas, Marcos Pinto, deixará a pasta após liderar projetos relevantes, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda. Ainda não há definição sobre seu substituto, mas a preferência é por um nome interno ao grupo de Haddad.
Fim de ciclo e mudanças na equipe
O chefe de gabinete de Haddad na Fazenda, Laio Correia, também encerrará seu período na pasta. Além disso, foi dissolvida a secretaria especial de Reforma Tributária, que era comandada por Bernard Appy, após a aprovação da lei que alterou os impostos sobre o consumo.
Diálogo com Lula e definição do futuro
Em entrevista ao jornal O Globo na semana passada, Haddad revelou que conversou com o presidente Lula sobre seus planos para 2026. Segundo o ministro, deixou claro que não pretende disputar a eleição no próximo ano, mas manifestou o desejo de colaborar com a campanha de reeleição do petista. Lula, por sua vez, teria reagido de forma “muito amigável” e afirmou que respeitará qualquer decisão de Haddad.
No entanto, o PT insiste para que o ministro concorra a uma vaga majoritária em São Paulo, reforçando sua preferência por sua participação na disputa estadual.
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