Nesta terça-feira (2), os Correios anunciaram a suspensão da negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões após o veto do Tesouro Nacional à proposta. A operação, que envolveria um consórcio de bancos públicos e privados, não recebeu aval devido às condições financeiras apresentadas.
Veto do Tesouro e limites de juros
De acordo com a nota oficial dos Correios, a operação dependia de autorização do Tesouro, que não concordou com a proposta de juros superior a 120% do CDI. A oferta feita pelos bancos, incluindo BTG Pactual, Banco do Brasil, Citibank, ABC Brasil e Safra, previa juros próximos de 136% do CDI, acima do limite permitido pelo órgão público.
“A operação de crédito em negociação no valor de R$ 20 bilhões depende de autorização do Tesouro Nacional – que não permitiu contratações com juros acima do limite definido para operações com garantia da União”, informou a estatal por meio de nota enviada ao Portal iG.
Reação da diretoria e próximos passos
A diretoria dos Correios informou que continuará trabalhando junto aos ministérios na busca de alternativas para reforçar a liquidez da empresa. Segundo a nota, o objetivo é assegurar o andamento das ações necessárias para a recuperação financeira da estatal.
Plano de reestruturação e metas futuras
A contratação do empréstimo era a estratégia principal para viabilizar o plano de reestruturação, anunciado no mês passado, que visa estabilizar as contas da empresa. O plano está dividido em três fases, com ações específicas para cada etapa.
Primeira fase
Inclui a recuperação financeira por meio de regularização de pagamentos, revisão de contratos, implementação de programa de demissão voluntária (PDV) e ajustes no plano de saúde dos funcionários.
Segunda fase
Previsão de fechamento de até 1 mil agências deficitárias, além da venda de imóveis considerados ociosos, com arrecadação estimada de até R$ 1,5 bilhão.
Terceira fase
Enfoca a retomada do crescimento da empresa, com iniciativas voltadas ao fortalecimento do seu mercado e serviços.
Segundo as informações, a empresa busca alternativas para garantir sua liquidez e seguir com o plano de reestruturação, mesmo sem o empréstimo aprovado até o momento.
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