Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Governo federal se opõe à redução da jornada de trabalho para 40 horas

Na tarde desta terça-feira (2), ministros do governo federal reuniram-se para anunciar sua posição contrária ao parecer do deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE), que defende a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem o fim da escala de trabalho 6×1. A proposta deve ser votada nesta quarta-feira (3) na Câmara dos Deputados, em uma subcomissão que analisa o tema, e, se aprovadas, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O que diz o governo sobre a proposta?

Durante o anúncio, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, enfatizou que a prioridade do governo é o fim da escala 6 por 1. Ela afirma que a qualidade de vida dos trabalhadores deve ser uma preocupação central. “O governo quer aqui reafirmar aos parlamentares que a nossa posição é de fim da escala 6 por 1. Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores”, declarou Gleisi.

“Não adianta só reduzir a jornada, é necessário também que os trabalhadores tenham um tempo para resolver os seus problemas, tempo de lazer, tempo de cuidar da sua família”, acrescentou a ministra, em declaração à imprensa.

O apoio dos ministros e parlamentares

Gleisi estava acompanhada de outras figuras importantes na discussão, como o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, e os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Daiana Santos (PCdoB-RS). Lopes é o autor da primeira proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a redução da jornada de trabalho, enquanto Santos propôs o projeto de lei 67/2025, que sugere a redução de 44 para 40 horas semanais.

Em suas falas, Boulos expressou surpresa pelo relatório da subcomissão e reiterou a posição do governo: “Vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala de trabalho 6×1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas, e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas.”

A importância da qualidade de vida para os trabalhadores

A discussão em torno da jornada de trabalho é um tema recorrente no Brasil, gerando diferentes opiniões e propostas de legislação. A proposta que está em análise propõe uma mudança significativa na forma como os empregadores e trabalhadores enxergam as relações de trabalho, buscando priorizar a saúde mental e bem-estar dos trabalhadores.

A jornada de trabalho excessiva, como é o caso da escala 6×1, pode levar a problemas de saúde física e mental. Reduzir essa jornada, conforme defendido pelo governo, é uma maneira de promover um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável, permitindo que os trabalhadores tenham tempo para suas vidas pessoais e familiares.

Próximos passos na votação

Com a votação programada para esta quarta-feira, as expectativas são altas tanto no governo quanto entre os parlamentares. A proposta de Luiz Gastão gera polarização, e o debate deve continuar acirrado nas próximas semanas. A mobilização do governo e de seus ministros indica que a postura firme contra a manutenção da escala 6×1 será uma mensagem clara na Câmara.

A discussão não apenas reflete a atual situação do mercado de trabalho brasileiro, mas também a necessidade urgente de fórmulas que equilibrem as demandas econômicas com as necessidades sociais. Os trabalhadores e suas famílias aguardam ansiosamente por decisões que impactem diretamente suas vidas cotidianas.

Portanto, enquanto a votação se aproxima, a pressão para que o governo e os parlamentares cheguem a um consenso sobre uma jornada de trabalho que promova a qualidade de vida continua a aumentar, representando mais do que uma questão de política laboral, mas um reflexo das aspirações de uma população em busca de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

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