Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Michelle Bolsonaro critica aliança de PL com Ciro Gomes

Ex-primeira-dama contesta aproximação de integrantes do PL com Ciro Gomes, gerando debates sobre as alianças políticas no Ceará.

No último domingo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manifestou suas críticas em relação à aproximação de membros do PL com o ex-governador Ciro Gomes, do PSDB. A declaração foi feita durante o evento de lançamento da pré-candidatura ao governo do Ceará do senador Eduardo Girão, do Novo. Essa movimentação política gerou repercussões e colocou em evidência as tensões internas do partido e as diretrizes políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A crítica dura de Michelle

Durante o evento, Michelle se mostrou desapontada e classificou como precipitada a aliança entre seus aliados e Ciro Gomes. A ex-primeira-dama enfatizou que a união com alguém que, segundo ela, é “contra o maior líder da direita” não é aceitável. “Nós vamos nos levantar e trabalhar para eleger o Girão. Essa aliança vocês se precipitaram em fazer”, afirmou, referindo-se ao fato de que Ciro Gomes havia redigido a denúncia que levou à inelegibilidade de Jair Bolsonaro, decreta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

Reações e justificativas

A resposta de André Fernandes, presidente estadual do PL e deputado federal, não tardou a chegar. Em conversa com jornalistas, Fernandes afirmou que a decisão de apoiar Ciro Gomes teve o aval do ex-presidente Bolsonaro antes de sua prisão. “A esposa do ex-presidente vem aqui e diz que fizemos a movimentação errada, sendo que o próprio presidente, no dia 29 de maio, pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e ficou acertado que o apoiaríamos”, disse Fernandes, enfatizando a legitimidade da aliança.

Interesses políticos em jogo

Nos bastidores, a aliança entre o PL e Ciro Gomes está ligada a um projeto político mais amplo, que inclui a candidatura de Alcides Fernandes, pai de André Fernandes, ao Senado. Contudo, essa estratégia não é vista com bons olhos por Michelle, que também já havia sinalizado sua desaprovação em um vídeo, onde demonstrou seu descontentamento com as críticas de Ciro a Bolsonaro. Essa situação reflete as divisões internas que podem ser exploradas nas eleições de 2026.

O cenário eleitoral e as movimentações políticas

Ciro Gomes, que recentemente deixou o PDT e se filiou ao PSDB, é considerado um nome forte para a disputa ao governo do Ceará, possivelmente enfrentando o atual governador, Elmano de Freitas, do PT, que pretende buscar a reeleição. O apoio ao ex-governador é visto por Fernandes como essencial para a formação de uma oposição unida em 2026, apesar das diverções manifestadas por Michelle.

As repercussões da crítica de Michelle

Além de provocar um debate acirrado no Ceará, as declarações de Michelle têm repercutido em outros estados, como Santa Catarina e o Distrito Federal. As opiniões de Michelle sobre os rumos do partido e suas críticas à aliança com Ciro têm gerado reações não apenas de aliados, mas também dos filhos do ex-presidente, que se manifestaram contrários à possibilidade de que a ex-primeira-dama seja candidata nas próximas eleições.

Durante o evento em Fortaleza, Michelle foi referida como “presidenciável” em um discurso de Deltan Dallagnol, um ex-deputado federal do partido Novo. A reação dela à chamada foi de surpresa, mas a afirmação de Deltan, “Para a gente é”, sugere que o apoio a uma candidatura dela pode estar mais forte do que se imagina. Essa possibilidade, porém, divide opiniões e aumenta as tensões familiares e políticas entre os Bolsonaro e os aliados do ex-presidente.

Assim, a disputa política no Ceará e as movimentações no PL revelam um cenário mais complexo e conturbado, onde alianças e estratégias poderão definir os rumos das eleições em 2026, com a ex-primeira-dama no centro das atenções.

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