Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Haddad reforça combate ao crime organizado e articula projetos no Congresso

Mesmo sem ser sua área de atuação, Haddad tem se destacado na liderança do governo na luta contra o crime organizado e na proposta de reformas no Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem assumido um papel de destaque na arena do combate ao crime organizado, mesmo que essa não seja sua área de atuação principal. Como um dos principais porta-vozes do governo Lula, Haddad tem participado ativamente de articulações no Congresso para aprovar propostas que fortalecem o enfrentamento às organizações criminosas.

Protagonismo na segurança pública

Haddad afirmou nesta quinta-feira (28) que é necessário ampliar ações contra o “andar de cima” do crime, reforçando a importância de sufocar financeiramente as organizações criminosas. Segundo o ministro, o sucesso nas investigações da Receita Federal, como na Operação Poço de Lobato, demonstra o avanço na luta contra esquemas ilegais envolvendo bilhões de reais.

“Precisamos abrir frentes para combater o crime organizado, incluindo propostas que reorganizam a legislação e fortalecem o combate ao crime financeiro”, declarou Haddad durante entrevista coletiva. Ele destacou ainda a importância de aprovar projetos como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, ambos considerados essenciais para modernizar o enfrentamento ao crime.

Combate ao crime e ações no Congresso

Haddad reforçou o esforço do governo na articulação com os parlamentares. Ele revelou que esteve recentemente reunido com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator de um projeto de lei que tramita na Câmara visando endurecer punições contra crimes de receptação e combater o crime organizado de maneira mais efetiva. “Queremos harmonizar as propostas nas duas casas legislativas para que tenham validade e efetividade”, afirmou.

O ministro também criticou as alterações propostas pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto Antifacção na Câmara, que, segundo ele, poderiam fragilizar o combate às organizações criminosas ao enfraquecer o poder da Receita Federal e da Polícia Federal. “Estão caminhando para proteger o ‘andar de cima’ do crime, o que representa um retrocesso na nossa luta contra a criminalidade”, alertou.

Investigações contra esquemas bilionários

As ações do governo, especialmente da Receita Federal, têm sido marcadas por investigações de grande repercussão. A operação Poço de Lobato, deflagrada recentemente, revelou um esquema envolvendo o grupo Fit, da Refinaria de Manguinhos, classificado pela Receita como o “maior devedor contumaz do país”, com tributos superiores a R$ 26 bilhões. Foram realizadas 126 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

De acordo com as investigações, o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em um ano, usando empresas próprias, fundos de investimento e offshores em paraísos fiscais como Delaware, nos EUA, para ocultar lucros e tentar blindar seu patrimônio. “Essas ações demonstram a determinação do governo em punir quem tenta burlar o sistema fiscal”, ressaltou Haddad.

Desafios e próximos passos

Apesar dos avanços, Haddad reconhece que há um longo caminho a percorrer. Ele destacou que o governo continuará trabalhando para aprovar no Senado partes do projeto original do PL Antifacção, que enfrenta resistência na Câmara. Para isso, mantém conversas com lideranças e busca unificar o apoio às propostas.

“Vamos continuar nossa luta, defendendo a necessidade de fortalecer o Estado para garantir que o combate ao crime seja eficiente e abrangente”, concluiu. Haddad reforçou ainda o empenho na negociação de temas ligados à lavagem de dinheiro e à exportação ilegal de armas, integrando esforços entre diferentes áreas do governo.

Fonte: G1 – O Globo

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