Brasil, 14 de novembro de 2025
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Justiça condena Pablo Marçal a pagar R$ 303 mil à deputada Tabata Amaral

O ex-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, foi condenado por difamar a deputada Tabata Amaral durante a pré-campanha.

A Justiça Eleitoral de São Paulo proferiu uma sentença contra o ex-candidato a prefeito da capital, Pablo Marçal, por difamação da deputada federal Tabata Amaral (PSB). A condenação decorreu de declarações feitas por Marçal em um podcast, onde insinuou que a deputada havia abandonado seu pai durante um intercâmbio. Essa afirmação gerou indignação e a consequente ação judicial, resultando em uma multa significativa.

O contexto da condenação

Na sentença, o juiz eleitoral destacou que, apesar de estar no período de pré-candidatura, as palavras de Marçal tinham a intenção de influenciar a decisão dos eleitores por meio de desinformação sobre a vida pessoal de Tabata Amaral. O ex-coach e empresário foi inicialmente indiciado pelo Ministério Público Eleitoral, que alegou que as falas de Marçal poderiam prejudicar a imagem da deputada durante a disputa eleitoral de 2024.

Detalhes da sentença

A condenação envolve o pagamento de 200 salários mínimos, totalizando cerca de R$ 303 mil, a serem destinados à deputada. Os comentários de Marçal, que induziram ao processo, foram feitos no dia 4 de julho, em um episódio do podcast da revista IstoÉ. Durante a gravação, ele declarou: “Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo.” Essas palavras causaram grande repercussão na mídia e nas redes sociais.

Reação de Tabata Amaral

A deputada Tabata Amaral não hesitou em se manifestar acerca da ofensa. Em depoimento durante o processo, ela afirmou: “Pablo se valeu desse momento sofrido na minha vida e na vida da minha família para inverter a ordem das coisas… que eu tinha ido para os Estados Unidos e abandonado meu pai, e que ele teria se matado por minha culpa.” Ela ressaltou que estava no Brasil quando seu pai faleceu, desmentindo assim a afirmação feita por Marçal.

Nesse contexto, Tabata também explicou como a perda de seu pai foi um período extremamente difícil para ela. “No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana em que fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida”, contou a deputada, citando que a acusação de Marçal não fazia sentido. “Mas eu estava aqui quando ele morreu, não estava fora. Então, essa baixaria do Pablo Marçal sequer faz sentido”, declarou.

Implicações políticas da condenação

A condenação de Marçal por difamação tem implicações não apenas para a sua carreira política, mas também para o debate sobre a ética nas campanhas eleitorais no Brasil. A utilização de desinformação e ataques pessoais como ferramentas de campanha preocupa muitos analistas políticos, que alertam sobre os riscos que tais práticas representam para a democracia.

Além desse caso, Marçal já enfrentou outras denúncias, incluindo uma ação por injúria e difamação contra o apresentador Datena, o que indica uma tendência de agressividade em sua estratégia política. O clima eleitoral, portanto, pode estar ainda mais acirrado à medida que novas disputas se aproximam, e o público se empenha em acompanhar as questões éticas que cercam os candidatos.

Considerações finais

A condenação de Pablo Marçal representa um desfecho importante em um caso que envolveu a utilização de desinformação na política. As palavras que atingem a vida pessoal de candidatos podem ter consequências severas, tanto legais quanto morais. O episódio levanta questões relevantes sobre o que é aceitável nas campanhas eleitorais e como os políticos devem agir para se comprometer com uma disputa limpa e ética.

Com o impacto dessa decisão judicial, espera-se que tanto Marçal quanto outros candidatos reavaliem suas estratégias de comunicação e os limites a serem respeitados durante o processo eleitoral, refletindo sobre a importância de pautas que elevem o debate político ao invés de depreciar personalidades.

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