Os Estados Unidos e o Japão assinaram nesta terça-feira (28) um acordo estratégico para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras, essenciais para a indústria de tecnologia e energias renováveis. A parceria, firmada durante a visita do presidente americano, Donald Trump, ao Japão, reforça a cooperação bilateral nações para fortalecer suas cadeias de suprimentos e reduzir a dependência de outros países, especialmente a China.
Acordo entre EUA e Japão sobre minerais e terras raras
Durante a cerimônia em Tóquio, Trump e a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, destacaram a importância do acordo para assegurar o abastecimento de materiais essenciais à produção de baterias, componentes eletrônicos e veículos elétricos. Segundo fontes oficiais, o pacto inclui a criação de mecanismos conjuntos de mineração, processamento e armazenamento, além de investimentos em tecnologias de extração sustentável.
“Este acordo fortalece nossa parceria na área de minerais críticos, essenciais para uma economia mais verde e tecnológica”, afirmou Sanae Takaichi. A iniciativa ocorre em meio às tensões com a China, maior fornecedora mundial de terras raras, que recentemente enfrentou restrições e barreiras comerciais, impactando cadeias globais de produção.
Impacto no mercado global e no Brasil
As negociações entre Washington e Pequim também continuam a movimentar o mercado internacional. No domingo, Trump afirmou estar otimista quanto a um potencial acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, que deve ocorrer na próxima semana na Coreia do Sul. Os mercados reagiram positivamente às expectativas de avanços nas negociações.
Segundo analistas, o fortalecimento dessas parcerias pode influenciar a dinâmica do mercado de minerais no Brasil. Como um dos maiores fornecedores de minerais metálicos, o país tende a lucrar com a demanda crescente por componentes tecnológicos e energias renováveis, conforme destacou o especialista em commodities, João Silva, da StoneX.
Ainda sobre o cenário econômico e político
Além das negociações internacionais, o mercado interno acompanha a alta do dólar, que nesta terça-feira abriu a R$ 5,3785, uma elevação de 0,16%, apesar do acumulado semanal de queda de 0,42%. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera com alta de 0,55% na semana, refletindo otimismo com o cenário externo e possíveis avanços comerciais.
Na política, destaque para a reunião entre os presidentes Lula e Trump, ocorrida na Malásia, que sinaliza uma retomada do diálogo bilateral. Lula questionou as tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros e reforçou a importância de uma negociação que contemple o setor de minerais críticos, além de explorar possibilidades de mediação na crise na Venezuela.
Perspectivas futuras
Analistas avaliam que a assinatura do acordo entre EUA e Japão reforça a tendência de uma disputa por domínio em minerais estratégicos, essenciais para a transição energética mundial. A expectativa é de que, com o fortalecimento dessas alianças, o Brasil possa ampliar sua participação no mercado global de minerais, aproveitando a crescente demanda por tecnologia e energia limpa.
O mercado financeiro aguarda ainda a decisão do Federal Reserve, que deve anunciar amanhã um novo corte de juros, de 25 pontos-base, reforçando o ambiente de expectativa em torno de políticas monetárias que podem impulsionar investimentos internacionais no Brasil e em outros países emergentes.
Para saber mais, o leitor pode consultar a matéria completa no G1.


