Em pesquisa realizada entre 30 de setembro e 8 de outubro de 2025, pelo DataCapital, Ciro Nogueira lidera a disputa pelo Senado no Piauí com margem confortável — e aparece como o nome mais competitivo entre os eleitores da capital e do interior. No recorte sem sua presença, a corrida fica acirrada entre Marcelo Castro e Júlio César, reforçando o peso de Ciro como fator de estabilização do pleito.
Ciro Nogueira lidera
No cenário 1 da sondagem, com Ciro na disputa, o quadro é o seguinte: Ciro Nogueira, 36,5%; Marcelo Castro, 26,6%; Júlio César, 20,8%; Tiago Junqueira, 3,9%; João Vicente Claudino, 2,0%; brancos/nulos/indecisos somam 9,5%.

A vantagem coloca Ciro em posição de destaque e com folga para administrar a dianteira.
Sem Ciro, disputa fica acirrada
Quando Ciro sai do tabuleiro (cenário 2), Marcelo Castro assume a ponta com 37,8%, e Júlio César encosta com 34,6%; Tiago Junqueira marca 13,1% e João Vicente Claudino, 8,2%. O resultado expõe a centralidade de Ciro: sua ausência comprime o espaço e transforma a disputa pela primeira vaga em duelo direto.

Força regional: Teresina, Piripiri e Floriano
O desempenho de Ciro é robusto e espalhado. Em Teresina, ele lidera com 38,9%, enquanto em Piripiri (41,9%) e Floriano (48,4%) também aparece à frente. Parnaíba foge à regra, com liderança de Marcelo Castro (35,5%), mas o saldo geral mantém Ciro na dianteira estadual.
“Segundo voto” e alianças que podem decidir
O segundo voto indica pulverização e reforça a importância das alianças: Júlio César (24,2%), João Vicente (19,5%), Marcelo Castro (19,1%), Tiago Junqueira (19,0%) e Ciro Nogueira (18,2%) aparecem tecnicamente próximos — cenário que tende a favorecer quem já lidera no primeiro voto.
Há ainda um dado estratégico: entre os eleitores de Rafael Fonteles, Marcelo herda 36%, Ciro capta 31% e Júlio, 26% — movimento que pode ser compensado pelo desempenho de Ciro em campos mais conservadores.
O que dizem os recortes de preferência
Entre eleitores ligados ao campo governista, Marcelo herda mais votos, mas Júlio retém uma fatia relevante (26%), o que o mantém competitivo numa eleição marcada por indecisos e migrações tardias.
Já entre eleitores de perfil mais conservador, Ciro lidera, mas Júlio aparece com 22%, preservando capilaridade transversal para dialogar com diferentes segmentos se a campanha empurrar por voto útil.
Sinais do eleitorado: recall e competitividade

Na espontânea para o Senado, Ciro já aparece entre os mais lembrados (12%), superando Júlio (9,1%) e Marcelo (7,3%) — um termômetro de recall que tende a se converter em vantagem conforme a campanha avança.
Com Ciro, há um pólo claro; sem ele, a disputa se fragmenta e depende de coalizões e transferências de voto nos dias finais.
Metodologia
O DataCapital realizou 1.250 entrevistas presenciais em pontos de fluxo distribuídos por todo o estado, entre 30 de setembro e 8 de outubro de 2025. Margem de erro: ±2,8 p.p.; nível de confiança: 95%. A amostra foi estratificada por mesorregião, porte do município, sexo e idade.