Brasil, 1 de outubro de 2025
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Polícia Federal investiga irregularidades na gestão do Banco Master e tentativa de compra pelo BRB

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar suspeitas de irregularidades na gestão do Banco Master e na tentativa de aquisição pelo Banco de Brasília (BRB), após rejeição do Banco Central ao negócio.

A Polícia Federal está investigando suspeitas de irregularidades na gestão do Banco Master e na tentativa de aquisição da instituição pelo Banco de Brasília (BRB). A apuração foi iniciada após documentos enviados pelo Banco Central, que rejeitou a autorização para a compra no início deste mês, serem encaminhados ao Ministério Público Federal e posteriormente à PF.

Investigação e posições oficiais

Em nota, o Banco Master afirmou que “não tem conhecimento dos fatos e foi surpreendido pelo tema”. O BRB também declarou desconhecer a investigação oficial. O Banco Central, por sua vez, não se pronunciou sobre o caso até o momento. A documentação relacionada ao caso reforça o momento delicado envolvendo a tentativa de negócio, que gerou questionamentos no mercado financeiro devido às dificuldades financeiras do Master e ao fato de o BRB ser um banco público.

Risco e irregularidades apontados pelo Banco Central

Segundo o GLOBO, um dos motivos da negativa do BC foi o risco de sucessão, uma vez que o órgão acredita que, mesmo após a exclusão de alguns ativos considerados problemáticos, o BRB poderia futuramente ser cobrado por dívidas e compromissos do Banco Master, que deteria 49% do capital do banco privado.

Durante o processo de avaliação, o Banco Central também identificou irregularidades na venda de carteiras de crédito do Master ao BRB, ocorrida antes do anúncio oficial da operação em 28 de março. A análise de risco levou o regulador a rejeitar a proposta após cinco meses de avaliação e vários pedidos de documentação adicional.

Implicações e riscos da operação

Um dos principais fatores que contribuíram para a demora e rejeição do negócio refere-se ao alto risco de sucessão, já que o BC entende que, mesmo excluindo ativos problemáticos, o BRB poderia ser responsabilizado por futuras dívidas do banco privado. Além disso, o regulador apontou irregularidades na venda de carteiras de crédito do Master ao BRB antes do anúncio oficial, levantando suspeitas de condução irregular do negócio.

A tentativa de aquisição também gerou questionamentos no mercado financeiro devido às dificuldades do Banco Master, que tinha uma estratégia agressiva de captação de recursos através de CDBs com retornos elevados, protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Contudo, os ativos que sustentavam esses títulos, como precatórios e investimentos em empresas em dificuldades, eram considerados de alta iliquidez e resultaram em riscos de responsabilidade compartilhada com o BRB, diante da potencial situação de liquidez do banco público.

Perspectivas e próximas etapas

A investigação da Polícia Federal continua em andamento, enquanto o Banco Central mantém sua postura de cautela. A análise visa esclarecer se houve práticas ilícitas na gestão do Banco Master e na tentativa de aquisição pelo BRB, além de avaliar o impacto dessas ações no mercado financeiro.

Colaborou João Sorima Neto, de São Paulo

Para mais detalhes, acesse o fonte original.

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