Um destacado grupo de advocacy pró-vida anunciou o lançamento de uma campanha de US$ 9 milhões nas eleições do Senado nos estados de Georgia e Michigan. A iniciativa visa fortalecer a maioria pró-vida na Casa Alta do Congresso americano, que enfrenta movimentos contrários ao aborto.
Investimento de US$ 4,5 milhões em Michigan
A Susan B. Anthony Pro-Life America, junto com a organização parceira Women Speak Out PAC, direciona US$ 4,5 milhões para o esforço na disputa pela cadeira no Senado de Michigan, concentrando ações em Lansing, Detroit e Grand Rapids. A campanha busca apoiar candidatos aliados às causas pró-vida, em um momento de fechamento de clínicas de aborto na região após a pausa nos financiamentos federais.
Marjorie Dannenfelser, presidente da Susan B. Anthony Pro-Life America, afirmou em uma declaração divulgada em 24 de setembro que o objetivo do grupo é “parar o lobby do aborto de retomar o controle de US$ 500 milhões anuais em fundos do Medicaid para sua máquina política”.
Campanha de US$ 4,5 milhões na Geórgia
Na Geórgia, o mesmo grupo destinará a mesma quantia para a campanha que busca derrotar o atual senador Jon Ossoff, que apoia políticas favoráveis ao aborto. As atividades serão focadas nas cidades de Savannah, Augusta, Columbus e Chattanooga. Segundo Dannenfelser, a iniciativa pretende ampliar a maioria pró-vida no Senado e reduzir a influência dos grupos abortistas no país.
Celebridades pró-vida comemoram censura do Google
Protagonistas do movimento pró-vida celebram após o Google admitir a prática de censura política sob o governo Biden. A empresa afirmou estar tomando medidas para reativar contas banidas anteriormente no YouTube e reconheceu a existência de politicamente motivadas ações de limitação do conteúdo pró-vida.
Kelsey Pritchard, diretora de comunicação da Susan B. Anthony Pro-Life America, declarou: “Não ficamos surpresos com as admitidas ações de censura do Google. Empresas como essa têm um histórico de enviesamento que compromete grupos que propagam a mensagem pró-vida”.
Desde 2015, organizações pró-vida reportam censura em plataformas como Facebook, Yelp e Google, incluindo o bloqueio de anúncios de clínicas de reversão do aborto, como a Live Action, e o shadow banning de recursos educativos.
Projeto de lei para proteção de crianças não nascidas
Um grupo de congressistas americanos apresentou o projeto de lei “Second Chance at Life Act”, pelo qual pretende garantir que mulheres tenham a possibilidade de reverter a primeira fase de um aborto químico, aumentando a transparência e o consentimento informado durante o procedimento.
O representante republicano August Pfluger, do Texas, afirmou que muitas mulheres não são informadas de que o aborto químico pode ser revertido após a primeira dose do medicamento. A proposta, apoiada por 16 deputados de vários estados, busca ampliar os direitos das mulheres e proteger os nascituro de possíveis danos.
Investigações sobre facilitação de aborto na Virgínia
O senador republicano Bill Cassidy, presidente da Comissão de Educação, Saúde e Reforma do Senado, investiga denúncias de que funcionários escolares de Fairfax County, na Virgínia, facilitaram abortos para estudantes menores sem o conhecimento dos responsáveis legais. A denúncia aponta que educadores pressionaram meninas a interromperem suas gestações de forma sigilosa.
Proposta em Missouri para proteção contra cirurgias trans e aborto
Uma juíza do tribunal de Cole County, Missouri, aprovou uma medida que combina proteção de direitos de menores contra cirurgias trans e a preservação do direito ao aborto, caso seja aprovada pelos eleitores. A decisão reforça as ações para limitar o procedimento na região, especialmente após a reversão da proteção constitucional ao aborto no estado.
Pausa temporária na realização de aborto em Wisconsin
A clínica Planned Parenthood de Wisconsin anunciou a suspensão temporária dos procedimentos de aborto a partir de 1º de outubro, devido à redução do financiamento federal provocada pela administração Trump. A medida visa adaptar as operações diante do corte de recursos do Medicaid, enquanto outras atividades continuam being realizadas na região.
Kate Quiñones, colaboradora da Catholic News Agency, destaca que diversas organizações pró-vida avaliam como triunfo a resistência às tentativas de censura e as ações legislativas em defesa da vida. A campanha eleitoral e as ações judiciais continuam marcando o cenário político do país em torno da pauta do aborto.