Nesta quinta-feira (25), a cadeia de cafeterias revelou planos de reestruturação que incluem o fechamento de unidades consideradas não rentáveis na América do Norte e cortes de empregos, após seis trimestres consecutivos de queda nas vendas nos EUA. A iniciativa faz parte de um investimento de US$ 1 bilhão feito pelo CEO Brian Niccol para revitalizar a marca e melhorar sua performance.
Revisão da operação e modernização das lojas
Desde que assumiu o comando há um ano, Niccol tem investido na modernização das lojas, buscando reduzir o tempo de atendimento e resgatar o ambiente tradicional de cafeteria. Segundo ele, a estratégia também envolve a simplificação da estrutura de gestão da companhia.
Fechamento de unidades e impacto nos números
A Starbucks planeja encerrar o funcionamento de aproximadamente 1% de suas lojas próprias na América do Norte até o fim do ano fiscal, o que reduzirá o total de unidades de cerca de 18.734 para aproximadamente 18.300 nos EUA e Canadá, conforme dados divulgados em relatório de julho. Os fechamentos, que terão maior impacto nas lojas consideradas não compatíveis com as expectativas de ambiente e desempenho financeiro, deverão ser concluídos até o encerramento do período.
“Durante a revisão, identificamos cafeterias onde não conseguimos criar o ambiente físico que nossos clientes e parceiros esperam, ou onde não vemos caminho para desempenho financeiro, e essas unidades serão fechadas”, afirmou Niccol em carta aos funcionários.
Cortes de empregos e investimentos em tecnologia
Os cortes de 900 empregos ocorrerão principalmente em equipes de suporte, incluindo várias vagas atualmente abertas, além da eliminação de cerca de 10 mil postos de trabalho em funções fora das cafeterias até setembro de 2024. A companhia reconhece que essas ações terão impacto nos parceiros e clientes, mas acredita que são necessárias para a recuperação do negócio.
Paralelamente, a Starbucks vem investindo em tecnologia e na melhoria do quadro de funcionários para agilizar o atendimento e aprimorar a experiência nas lojas. No início deste ano, foi anunciado o corte de 1.100 cargos corporativos, além de um reajuste de 2% para todos os empregados com salário fixo na América do Norte em agosto.
Perspectivas para o futuro
Segundo Niccol, a reestruturação e os investimentos visam fortalecer a marca e colocar a Starbucks em trajetória de crescimento sustentável. A companhia aposta na inovação e na eficiência operacional para recuperar sua posição no mercado diante da alta concorrência e do aumento dos custos.
Mais detalhes sobre a estratégia da Starbucks e os próximos passos podem ser acompanhados no site do G1.