A deputada federal Ilhan Omar (D-Minn.) afirmou nesta sexta-feira (19), em entrevista à CNN, que não pretende se desculpar por suas palavras sobre Charlie Kirk, o ativista de direita morto em Utah. Omar chamou Kirk de “homem odioso” e afirmou que acredita que ele era “reprehensível” e “cheio de ódio”, após uma discussão acalorada sobre seus comentários durante uma participação em um town hall em Minnesota no último fim de semana.
Controvérsia envolvendo comentários de Omar sobre Charlie Kirk
Na conversa, Omar explicou que concordou com alguns aspectos do vídeo divulgado, mas reforçou que sua opinião sobre Kirk é negativa devido às declarações preconceituosas feitas por ele ao longo de sua vida pública. “Acredito que ele era um homem odioso e cheio de ódio”, declarou Omar. “Assim como suas palavras dirigidas a diversas identidades que pertenço, sua conduta é avaliada como incompatível com valores de respeito e inclusão.”
Charlie Kirk, conhecido por suas posições conservadoras, fez diversos comentários considerados racistas, misóginos e xenofóbicos. Entre suas declarações, ele afirmou que mulheres negras “não têm capacidade cerebral para serem levadas a sério” e que os valores de conquista dos muçulmanos representam uma ameaça aos Estados Unidos. Omar destacou que Kirk não acreditava no acesso igualitário a direitos e que duvidava da inteligência de pessoas negras.
Reações e desdobramentos
Durante a entrevista, Omar questionou Kaitlin Collins, se ela também considerava as palavras de Kirk “reprehensíveis”. Collins afirmou que não justificava os comentários, mas que achava as críticas de Omar “jaring” para ela. Omar então criticou o fato de alguns grupos e políticos estarem dispostos a celebrar a memória de Kirk, com propostas de homenagens e até um feriado em seu nome. “Não posso aceitar que sua memória seja homenageada, ela deve ficar na poeira da história”, afirmou Omar.
Reação política e propostas legislativas
Após a morte de Kirk, um legislador republicano apresentou projetos de lei em sua homenagem. O senador Shane Jett (R-Oklahoma) propôs a construção de estátuas do ativista em universidades públicas de Oklahoma e a criação de um feriado para celebrar sua memória. Omar criticou essas iniciativas, destacando a diferença entre expressar dor pela perda e promover retribuição.
O impacto da discussão e o contexto
Ilhan Omar, que é muçulmana e nasceu na Somália, questionou publicamente Kaitlin Collins sobre se ela achava as palavras de Kirk sobre pessoas negras “reprehensíveis”. Collins afirmou que não justificava seus comentários, mas reconheceu que eles causaram impacto ao público, gerando controvérsia. A discussão reflete o clima polarizado nos Estados Unidos, especialmente em torno de figuras que representam extremos políticos e suas opiniões.
Para Omar, a postura de condenar opiniões odiosas não implica em ódio. “Existe uma diferença entre dor e desejo de justiça, e a acusação de que estamos promovendo ódio é injusta”, afirmou. A polêmica também ressalta como as declarações de figuras públicas podem gerar repercussões duradouras no debate público.
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