A cidade do Rio de Janeiro viu um aumento na violência entre torcedores de grandes clubes, suscitando várias investigações por parte das autoridades. As polícias Civil e Militar, junto com o Ministério Público, estão desvendarando um novo esquema utilizado por integrantes de torcidas organizadas para planejar embates em locais fora dos estádios.
O contexto das brigas organizadas
A investigação, conhecida como Pax Stadium, foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Recentemente, um total de 39 mandados de busca e apreensão foram emitidos pelo Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, revelando métodos sofisticados utilizados por torcedores.
Os conflitos têm ocorrido com maior frequência em áreas isoladas, como a Zona Oeste do Rio e São Gonçalo, onde os torcedores marcam suas brigas através de aplicativos de mensagem e redes sociais fechadas. Essa mudança de estratégia ocorre em resposta à Vigilância das autoridades, que intensificou operações de policiamento em jogos e eventos esportivos.
Aumento da violência nos estádios e arredores
Por mais estranhas que pareçam, essas táticas têm efetivamente obscurecido as atividades dos torcedores. Os encontros agora são organizados em pequenos grupos, dificultando sua detecção antes que a violência ocorra. Para ilustrar a gravidade do problema, um relatório da Draco afirma que a investigação teve início em maio deste ano, alertando para a conivência de criminosos que se aproveitam das estruturas das torcidas.
Conflitos recentes
Na última semana, um torcedor do Vasco foi baleado e morreu, enquanto outro foi atingido no pé. Além disso, um terceiro torcedor foi morto a pauladas. Tais incidentes evidenciam a ferocidade dos confrontos e a urgência de ações por parte das autoridades. Por exemplo, no dia 18 de setembro, a polícia prendeu o presidente da Torcida Jovem do Flamengo, junto a outros sete indivíduos, em conexão com a morte de um torcedor vascaíno em um embate marcado anteriormente.
Medidas tomadas pela polícia
Como parte das ações para coibir a violência, a polícia tem realizado operações nas sedes de diversas torcidas organizadas. As principais torcidas visadas incluem a Força Jovem do Vasco, a Fúria Jovem do Botafogo e a Torcida Jovem Fla, entre outras. A apreensão de computadores e telefones celulares visa descobrir mais sobre as comunicações e planos destas organizações.
A resposta das autoridades
O delegado Álvaro Gomez, responsável pela Draco, ressaltou a gravidade das situações que vêm ocorrendo, envolvendo desde agressões gratuitas até homicídios. Ele alertou que a firmeza nas operações deve continuar, dado que os criminosos tentam sempre encontrar novos meios de contornar as restrições impostas pelas autoridades. Com as ações em andamento, a expectativa é de que haja uma redução nos conflitos nos próximos meses.
As torcidas organizadas têm um histórico de comportamentos violentos, mas a nova fase das investigações e operações policial parece ser um divisor de águas para a segurança nos eventos esportivos no Rio. O que se espera agora é que, através desses esforços, a violência nas arquibancadas e nas ruas possa ser controlada e que um ambiente mais seguro seja criado para os torcedores, que muitas vezes buscam apenas se divertir com o esporte.
Contudo, enquanto as rivalidades e a paixão pelo futebol em Rio de Janeiro persistirem, o desafio da polícia aumentará, exigindo uma vigilância constante e estratégias que se adaptem às mudanças nas táticas das torcidas.