O consórcio Rota da Liberdade, formado por construtoras e empresas de engenharia, venceu nesta quinta-feira o leilão do lote rodoviário que conecta as cidades de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, ao Rio de Janeiro e Brasília. A disputa, realizada na B3, em São Paulo, ocorreu por meio de Parceria Público-Privada (PPP) com prazo de concessão de 30 anos e um investimento total de R$ 6 bilhões.
Detalhes do leilão e oferta vencedora
O grupo liderado pela construtora Metropolitana apresentou um deságio de 13,2% sobre a contraprestação máxima estipulada pelo governo de Minas Gerais, com lance de R$ 1,7 bilhão, superando a oferta da concorrente Houer Concessões, que propôs R$ 1,9 bilhão com um deságio de apenas 0,02%. Segundo especialistas, o desconto ofertado é compatível com outros leilões de rodovias e demonstra a viabilidade do projeto, mesmo sendo um trecho desafiador do ponto de vista da engenharia.
Impactos do projeto na região
Com uma extensão de 190 quilômetros, a concessão visa a duplicação total da BR-356, além de melhorias na ligação entre a MG-329, em Rio Casca, passando pela MG-262 e BR-356, até a BR-040, em Nova Lima. Essa iniciativa criará um importante corredor logístico, turístico e econômico na região, contribuindo para o desenvolvimento regional e a geração de empregos.
Origem do financiamento e expectativas
Parte do investimento provém de um acordo de reparação feito pelo governo de Minas em relação ao rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que totaliza R$ 2 bilhões. A expectativa de especialistas é que a modernização da malha rodoviária impulsione também o setor de turismo na região, além de melhorar a infraestrutura de transporte local.
Perspectivas e desafios
O advogado Rodrigo Campos, sócio de infraestrutura do escritório Vernalha Pereira, destacou que a presença de dois concorrentes evidencia o interesse de novos players em projetos de rodovias no Brasil, mesmo com trechos considerados desafiadores. Ainda, Kamila Maria de Albuquerque Bezerra, especialista em direito público, ressaltou que a concessão pode acelerar a modernização das estradas e beneficiar a economia, embora o acompanhamento regulatório seja fundamental para garantir o cumprimento dos compromissos e proteger o interesse público.
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