Brasil, 18 de setembro de 2025
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Atentado no Níger mata 22 pessoas em cerimônia religiosa

Homens armados em motos abriram fogo durante batismo no oeste do Níger, deixando dezenas de vítimas e aumentando a violência na região

Na região de Tillaberi, no oeste do Níger, pelo menos 22 pessoas morreram em um ataque ocorrido no dia 15 de setembro, enquanto celebravam um batismo.Os atiradores, armados e em motos, abriram fogo contra os presentes, segundo relatos de diferentes veículos de comunicação e testemunhas locais.

Detalhes do ataque à cerimônia religiosa no Níger

Conforme informa a BBC News, uma moradora afirmou que os criminosos mataram 15 pessoas na cerimônia de batismo, antes de continuar sua ação e tirar a vida de outros sete indivíduos. O episódio ocorreu na região de Tillaberi, perto das fronteiras com Burkina Faso e Mali, áreas marcadas pela presença de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico (EI).

Maikoul Zodi, ativista que acompanha a situação na região, manifestou sua indignação em uma postagem no Facebook, dizendo que a violência voltou a atingir a aldeia de Takoubatt, causando dor e desolação às famílias locais. Ele também criticou a persistente insegurança e pediu ações concretas do governo para garantir a proteção dos civis.

Reivindicações e respostas das autoridades do Níger

As autoridades nigerinas confirmaram o ocorrido, mas até o momento não divulgaram números oficiais de vítimas. A escalada da violência jihadista permanece, com vários relatos de ataques e mortes ocorridos ao longo do último ano, mesmo após o golpe militar liderado pelo general Abdourahmane Tchiani em julho de 2023.

Em 10 de setembro, uma emboscada na mesma região resultou na morte de 14 soldados, segundo informações do exército, que declarou que os militares estavam em operação devido a denúncias de roubo de gado, mas acabaram presos em uma armadilha. Essas ações reforçam a dificuldade de assegurar a segurança em áreas vulneráveis do país.

De acordo com Human Rights Watch, intensificaram-se também os ataques a civis, com pelo menos 127 mortos desde março, incluindo moradores e praticantes religiosos, além de casas being saqueadas e incendiadas. O grupo de direitos humanitários relata que as forças de segurança do Níger têm sido omissas nas respostas às ameaças recorrentes.

Contexto político e crise de segurança no Níger

Desde a deposição do presidente eleito Mohamed Bazoum, o país vive um período de instabilidade crescente. O golpe militar que instaurou o regime liderado pelo general Tchiani não conseguiu estabilizar a região, cujo território permanece palco de confrontos entre grupos armados e o governo de transição.

Recentemente, uma coalizão pró-democracia denominada Clube de Luta contra Abusos no Níger (Forum pour la lutte contre les dérives au Niger) foi formada por líderes civis, jornalistas e estudiosos. Em uma declaração feita em 12 de setembro, a organização exigiu eleições livres, a reintegração de partidos políticos dissolvidos e a libertação de presos políticos, incluindo o ex-presidente Bazoum.

O aumento da violência no Níger chamou atenção internacional, com críticas à inação do governo e ao aumento das ameaças na região do Sahel, onde terrorismo e conflitos civis alimentam um ciclo de insegurança que ameaça a estabilidade da África Ocidental. O silêncio das autoridades reforça a urgência de ações efetivas para proteger os civis e restabelecer a ordem no país.

Para mais informações, acesse Fonte original.

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