Mais de 400 mil pessoas fugiram de Gaza City nesta semana, enquanto o Exército israelense avança com uma invasão terrestre na Faixa de Gaza, segundo fontes locais. Apesar do deslocamento em massa, centenas de civis permanecem na cidade, assustados com o risco de deslocamento forçado e a crise humanitária agravada pela falta de alimentos e os intensos bombardeios.
Conflito intensifica destruição e mortes em Gaza
Nos últimos dias, ataques aéreos destruíram edifícios altos na cidade e provocaram a morte de dezenas de civis. Durante a última semana, equipes médicas informaram a morte de 16 pessoas em ataques noturnos, incluindo ataques ao hospital infantil Al-Rantisi, em Gaza City. A ofensiva terrestre, lançada na terça-feira, tem como alvo principal o que Israel chama de “fortaleza do Hamas”.
A operação foi duramente criticada internacionalmente. A Comissão de Inquérito da ONU considerou que Israel cometeu um genocídio na região, alegação que o governo israelense rejeitou veementemente, afirmando que as acusações “baseiam-se em mentiras de Hamas”.
Fuga e dificuldades no deslocamento
Forças israelenses ordenaram a civis que se desloquem para o sul, em uma “zona humanitária”. Uma rodovia costeira que leva ao sul está congestionada com famílias que tentam fugir de carro ou a pé. No entanto, muitos ainda hesitam, preocupados com o risco de superlotação, condições severas, custos elevados de transporte e a possibilidade de deslocamento permanente.
Rotas de evacuação temporária
Para facilitar a saída, o Exército israelense abriu uma rota de evacuação via Salah al-Din, válida por 48 horas a partir de quarta-feira ao meio-dia, segundo comunicado divulgado pelo porta-voz do IDF no Telegram. Mesmo assim, a mobilidade na região permanece limitada devido às condições de guerra.
Reações internacionais e medidas de pressão
Com a crise humanitária se agravando, a Comissão Europeia anunciou medidas agressivas contra Israel na quarta-feira. Kaja Kallas, chefe da política externa da UE, revelou planos de tarifar produtos israelenses selecionados e impor sanções a colonos, além de sancionar líderes do Hamas, incluindo ministros do governo palestino. Leia mais.
A comunidade internacional condena cada vez mais a violência e exige uma solução urgente para o conflito, que já causa uma das maiores crises humanitárias da região.