A situação política e militar na Europa está se intensificando, com a recente interceptação de dois jatos russos SU-30 armados com mísseis supersônicos no Mar Báltico, realizada pela Força Aérea Sueca. Este incidente é um reflexo das provocações contínuas da Rússia sob o comando de Vladimir Putin, que vem desafiando o Ocidente com exibições de poder militar.
Incidente no Mar Báltico
No último dia 11, caças JAS 39 Gripen da Suécia interceptaram os aviões de combate russos, que estavam supostamente armados com mísseis KH-31, projetados para destruir embarcações e unidades de defesa aérea. Além disso, um avião de inteligência Il-20 foi identificado e rapidamente escoltado para longe da área, segundo reportou a Força Aérea Sueca em suas redes sociais.
A operação foi realizada em cooperação com a Dinamarca, destacando a prontidão das forças suecas. “A Força Aérea Sueca está sempre em alerta”, foi o que afirmaram os militares em um comunicado pós-interceptação. Essa ação se dá em meio a um aumento das tensões na região, especialmente depois das recentes incursões de drones russos em território polonês e romeno.
Reforços na fronteira oriental da OTAN
O incidente é parte dos esforços da OTAN em reforçar a defesa de sua fronteira oriental, especialmente após a violação do espaço aéreo polonês no início de setembro, onde cerca de 23 drones foram identificados. Essas tensões culminaram com a acusação da Romênia, que denunciou a entrada de tropas russas em seu espaço aéreo, e a Letônia, que reportou a queda de um drone em seu território.
Em um novo episódio de provocação, a Polônia também relatou que um drone civil sobrevoou o Palácio Presidencial, um ato que foi considerado mais uma provocação russa. À medida que a administração de Putin continua a realizar exercícios militares na Bielorrússia, especialmente os exercícios Zapad 2025, a preocupação com a segurança na Europa aumenta, com especialistas alertando que a OTAN deve levar essas incursões a sério para evitar uma possível invasão.
Resposta dos aliados europeus
A resposta rápida da Suécia e da Dinamarca exemplifica o estado de alerta em que se encontra a Europa. Hamish de Bretton-Gordon, ex-coronel do Exército Britânico, comentou que “a OTAN finalmente acordou” após um longo período de complacência. Ele destacou que a impressão passada a Putin foi de que o Ocidente não se importava com suas ações, um fator que precisa ser revertido rapidamente.
A fim de fortalecer a segurança em resposta às ameaças, aliados europeus estão organizando a missão “Eastern Sentry”, que inclui o envio de jatos de combate F-16 da Dinamarca, Rafale da França e Eurofighters da Alemanha para a região. Essa coalizão é vista como uma resposta necessária à crescente agressão russa.
Jatos da Suécia interceptam aviões de combate russos no Mar Báltico
Ainda assim, as atividades militares intensificadas da Rússia assustam não apenas os países membros da OTAN, mas também os aliados e parceiros na região. As recentes incursões de drones aumentaram as chamadas por apoio tangível à Ucrânia e seus vizinhos, com muitos defendendo uma maior ação militar contra mísseis e drones russos.
O Ministro das Relações Exteriores da Polônia pediu que a OTAN considere a possibilidade de derrubar drones russos em território ucraniano, uma posição que também foi defendida pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A situação se torna ainda mais complexa, uma vez que as operações militares russas continuam a lançar centenas de drones e mísseis sobre cidades ucranianas, como destacou Zelensky, evidenciando a urgência de uma resposta coordenada do Ocidente.
A escalada de tensões é uma lembrança clara de que a Europa está em um momento crítico, onde as decisões tomadas agora poderão definir o futuro da segurança e da estabilidade na região.
