A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou uma reunião com ministros do Centrão no Palácio do Planalto nesta terça-feira, com o objetivo de discutir formas de bloquear o avanço do projeto de anistia que beneficia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Este projeto será pautado com urgência na Câmara, e o governo se posiciona contrário à proposta, considerando-a imoral e inconstitucional.
Reunião com ministros do Centrão
O encontro foi marcado pela ministra após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ter comunicado aos líderes partidários que a urgência do projeto de anistia será pautada na quarta-feira. Essa reunião representa uma continuidade das conversas iniciadas na segunda-feira, onde Gleisi já havia se encontrado com ministros do PSD, MDB, União Brasil e PP para tratar do tema.
Posição do governo
Durante a reunião, Gleisi deixou claro que o governo não apoia a anistia. “Além de imoral, a proposta é inconstitucional. Nem terminou o julgamento e já há pressão para pautar. Vamos nos posicionar contra e trabalhar para derrubar o pedido de urgência”, afirmou a ministra, enfatizando a necessidade de unir forças contra a proposta.
Pressão de aliados
No passado, em 8 de setembro, Gleisi já havia solicitado aos membros do governo que atuassem para desfazer a pressão a favor do projeto que visa anistiar os participantes dos eventos de 8 de janeiro. Esse projeto também beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Naquela ocasião, os ministros foram instruídos a dialogar com os líderes e convencê-los a desistir de pautar a anistia.
Novas estratégias para enfrentar a urgência
Com a nova provocação e a promessa de votação se aproximando, Gleisi e os ministros do Centrão estão analisando novas táticas para enfrentar o cenário atual. A ministra tem reforçado que é fundamental que o governo dispute a prioridade da pauta legislativa, citando a importância de outros projetos, como a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e as medidas provisórias relacionadas à redução da conta de luz e o Gás do Povo.
Unindo forças no Congresso
Gleisi ressalta que é preciso agir de forma coletiva no Congresso para defender não apenas a negativa à anistia, mas também a aprovação de projetos que tragam benefícios concretos para a população e que estão em discussão. Ela acredita que uma abordagem conjunta pode fortalecer a posição do governo e, ao mesmo tempo, atender às demandas da sociedade.
Por fim, a ministra e os ministros do Centrão estão determinados a trabalhar na apresentação de argumentos contra a urgência da votação do projeto de anistia, buscando mobilizar aliados e sensibilizar os parlamentares sobre os temas prioritários que realmente importam para o Brasil neste momento. Assim, eles esperam garantir que a agenda legislativa da Câmara atenda, efetivamente, os interesses mais relevantes para a população brasileira.
Nessa luta contra a anistia, o governo e seus aliados se posicionam como defensores da responsabilidade e da justiça, buscando garantir que a legislação não favoreça aqueles que cometeram crimes durante os atos um mês atrás.