Brasil, 16 de setembro de 2025
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Como o trabalho em um campo de petróleo moldou o ativismo de Robert Redford

Antes de se tornar ícone de Hollywood, Redford trabalhou em um campo de petróleo, experiência que influenciou sua luta por clima e energia limpa

Antes de alcançar o estrelato, Robert Redford, que faleceu nesta semana aos 89 anos, trabalhou ainda na adolescência em um campo de petróleo na Califórnia, com o objetivo de economizar para estudar arte na Europa. Essa vivência marcou profundamente sua trajetória dedicada à ativismo climático e à defesa de energias renováveis.

O impacto de trabalhar em um campo de petróleo na visão de Redford

Redford revelou, em uma entrevista de 2010 para o Natural Resources Defense Council (NRDC), que mesmo aos 16 anos, ficou incomodado com o que via na extração de petróleo. “Era evidente que a propaganda das empresas de petróleo, com seus lobistas, vendia a ideia de que tudo aquilo era benéfico para a economia e para todos, mas eu via de forma diferente”, afirmou.

Ele também falou sobre a tragédia do derramamento de óleo no Deepwater Horizon, que matou 11 pessoas e é considerado o maior desastre ecológico dos EUA. “Sei o que é a luta de um trabalhador que tem seu sustento na linha de frente, muitas vezes enfrentando riscos que a própria empresa ignora”, comentou. “É uma situação difícil, porque esse é o único emprego que possuem.”

Ativismo climático e defesa de energias renováveis

A experiência no petróleo impulsionou a atuação de Redford na defesa do meio ambiente ao longo dos anos. Em artigo publicado na revista TIME em 2018, ele destacou a necessidade de políticas que permitam às energias solares coabitar com as utilities tradicionais, tornando a transição para energia limpa mais acessível.

Redford também lutou contra projetos que ameaçavam o patrimônio natural de Utah, seu local de residência por décadas, incluindo uma rodovia de seis faixas em um cânion e uma usina de carvão. Fundou a Redford Foundation, em 2006, voltada ao apoio ao cinema de impacto ambiental, e foi conselheiro do NRDC por mais de três décadas.

Compromisso com as futuras gerações

Durante uma Assembleia da ONU em 2015, Redford afirmou que, se não abandonarmos rapidamente os combustíveis fósseis, comprometeremos a qualidade do ar, da água e a saúde de nossos descendentes. “Não existe limite para a imaginação humana e nossa capacidade de resolver desafios como o das mudanças climáticas”, destacou.

Legado de ativismo e esperança

Apesar de não se considerar um ativista convencional, Redford dedicou-se intensamente a mudanças que tornassem o planeta habitável. Sua trajetória demonstra que experiências pessoais podem impulsionar uma luta global por sustentabilidade e justiça ambiental, inspirando futuras gerações a continuar essa causa.

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