Brasil, 16 de setembro de 2025
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Câmara dos Deputados discute PEC da blindagem e tarifa social

A Câmara dos Deputados prioriza a PEC da Blindagem e a tarifa social de energia elétrica em sessão movimentada nesta terça-feira.

A Câmara dos Deputados concentra suas atenções nesta terça-feira em duas frentes: a retomada da PEC da Blindagem e a votação da medida provisória que trata da tarifa social de energia elétrica, considerada prioridade pelo governo Lula. A decisão foi tomada após uma reunião de líderes realizada pela manhã. Este dia movimentado na Casa reflete a urgência e a relevância dos temas em pauta, com implicações diretas para a sociedade brasileira.

Nova edição da PEC da blindagem é proposta

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apresentou uma versão ajustada da PEC da Blindagem. Com a nova proposta, o Supremo Tribunal Federal (STF) permanecerá responsável por autorizar a abertura de investigações contra parlamentares, mas será o Congresso a decidir sobre o início da ação penal. Essa mudança tem o objetivo de diminuir as resistências internas e evitar novos atritos com o Judiciário, especialmente depois de semanas de impasse que resultou em uma troca de relator. A mudança na liderança revela a estratégia de Motta para garantir maior apoio e consenso entre os deputados.

Substituição do relator e nova expectativa de votação

A troca no relator, onde Motta substituiu Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) por Cláudio Cajado (PP-BA), aliado próximo de Arthur Lira (PP-AL), foi uma medida para fortalecer a posição da proposta. Lafayette era contrário à inclusão no texto que obrigaria a Câmara a referendar as condenações. Agora, com a nova configuração, a expectativa é que a proposta possa ser levada ao plenário ainda nesta terça, embora isso dependa do avanço das negociações.

Tarifa social de energia elétrica é prioridade

Além da PEC, a Câmara também discute a medida provisória que amplia a isenção nas contas de luz. Essa proposta é vista como uma estratégia crucial do governo para as eleições do ano que vem, oferecendo alívio financeiro aos brasileiros em um momento sensível economicamente. O prazo final para a apreciação dessa MP é amanhã, e essa urgência se intensifica, uma vez que ela ainda precisa passar pela análise do Senado.

Na semana passada, a proposta chegou a ser incluída na pauta, mas foi retirada em meio a tensões relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, o foco está em garantir que essa medida, que pode impactar milhões de famílias, seja discutida e aprovada antes que o prazo se esgote.

Anistia e suas propostas

Paralelamente, Motta também articula a votação do pedido de urgência para a proposta de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro, apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Durante as conversas, o presidente da Câmara informou aos líderes que pretende pautar a urgência nesta quarta-feira (17). Contudo, nos bastidores, há uma avaliação de que o requerimento pode não ser aceito, o que abriria caminho para um texto alternativo que está sendo discutido no Senado.

Nova proposta de anistia pode ser mais equilibrada

A versão em discussão no Senado, que conta com a articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), propõe a redução de penas para crimes contra a democracia, sem a concessão de anistia. Essa abordagem é vista como mais equilibrada e com chances melhores de ser aprovada, em detrimento da proposta original da Câmara, que gerou polêmica e resistência.

Reunião de líderes para decisão final

A decisão final sobre a pauta e o andamento das propostas será definida em uma nova reunião de líderes, agendada para amanhã de manhã. Esta reunião será crucial para decidir os próximos passos em um momento em que o legislativo brasileiro busca uma posição coesa em relação a temas que têm gerado controvérsias e debates acalorados.

Em suma, a Câmara dos Deputados enfrenta um dia repleto de negociações e decisões importantes, que podem afetar diretamente a vida dos cidadãos e a dinâmica política do país. A expectativa é que, com os ajustes nas propostas e a articulação de líderes, o legislativo consiga avançar nas pautas prioritárias e atender as demandas da sociedade.

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