Brasil, 15 de setembro de 2025
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PF prende oito suspeitos em operação planejada contra ataques ao sistema Pix

A Polícia Federal utilizou técnica de ação controlada para desmantelar grupo responsável por ataques cibernéticos que desviaram cerca de R$ 1,5 bilhão

A Polícia Federal prendeu oito suspeitos na sexta-feira passada, em uma operação que identificou e desarticulou um grupo criminoso envolvido em ataques ao sistema financeiro nacional, especialmente ao Pix. A ação foi possível após monitoramento dos alvos e uso de uma técnica de investigação conhecida como “ação controlada”, que permite adiar a intervenção para coletar mais provas e entender melhor a organização criminosa.

Operação e captura dos suspeitos

Os agentes identificaram o grupo após receberem, na quinta-feira anterior, uma denúncia da Caixa Econômica Federal de que dois suspeitos levavam uma máquina com credenciais e acesso externo ao VPN de uma agência no centro de São Paulo. Em uma ação controlada, os policiais acompanharam a movimentação do transporte até uma residência na Zona Leste da capital, onde outros hackers estavam reunidos.

Nesta residência, a Polícia Federal realizou as prisões em flagrante. Apesar de muitos envolvidos negarem vínculos com ataques cibernéticos — alegando estar ali para uma festa —, os investigadores apreenderam doze celulares, um notebook e um pendrive. A ação foi fundamentada na interceptação de mensagens e vídeos onde os suspeitos se gabavam de ter acesso ao sistema Pix.

Atuação dos hackers e atividades ilícitas

Segundo o relatório da Polícia Federal, os hackers se comunicavam usando codinomes como “SETHH 7”, “RBS” e “BA”. Um dos principais suspeitos estaria envolvido na construção e operacionalização dos meios de acesso ao sistema Pix, tendo introduzido vulnerabilidades estruturais no sistema financeiro para facilitar ataques futuros.

Em uma das mensagens interceptadas, um suspeito se gabava de possuir “a senha que gira o Pix”. Além disso, a PF identificou a participação de doleiros responsáveis por destinar os valores roubados, que eram muitas vezes convertidos em criptomoedas e transferidos ao exterior por pequenas fintechs, dificultando o rastreamento do dinheiro.

Implicações e desdobramentos da investigação

A Justiça Federal de São Paulo converteu a prisão em flagrante dos suspeitos em preventiva na última sábado, sustentando as evidências levantadas pela Polícia Federal. O relatório aponta que os envolvidos acessavam o “cofre de senhas” da Caixa e participavam da construção do Arranjo de Pagamento Instantâneo, além de outras fraudes ainda não divulgadas oficialmente.

De acordo com as investigações, trata-se de uma organização criminosa atuando na subtração de recursos do sistema Pix por meio de acessos indevidos às contas PI de instituições financeiras mantidas no Banco Central. A PF também suspeita que alguns presos tenham envolvimento em ataques anteriores às empresas Sinqia e C&M, responsáveis por conectar bancos ao sistema Pix, os quais resultaram na subtração de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Perspectivas futuras

As investigações continuam sob sigilo na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, que busca identificar outros possíveis envolvidos. A PF reforçou que os suspeitos responderão pelos crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico. A operação revela o avanço da polícia no combate a crimes cibernéticos e à fragilidade da segurança no sistema financeiro nacional.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa no Fonte original.

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