Recentemente, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva intitulada “Restaurando a Verdade e a Sanidade na História Americana”, que visa revisar exposições do Smithsonian consideradas problemáticas pelo governo. A visita do âncora da CNN, Jake Tapper, às exibições revelou detalhes que geraram críticas acirradas.
Exibições alvo de controvérsia na era Trump
Democracia e protestos
A exposição sobre democracia apresenta cartazes de protestos por causas diversas, incluindo direitos LGBTQ+, anti-guerra e pro-vida. Segundo Tapper, a administração Trump afirmou que essa seção trata apenas de manifestações “de esquerda”, o que ele considera uma interpretação incorreta e restrita.
Voto e discriminação racial
A mostra “Mantendo o Voto” detalha as estratégias de dificultar o voto de negros e grupos recém-conquistados, evidenciando práticas de supressão eleitoral. Especialistas alertam que a abordagem do governo tenta diminuir a importância dessas ações na história americana.
A Hall do Povo Americano
Nesta exibição, um símbolo famosocomo a Estátua da Liberdade aparece com uma modificação: uma trabalhadora agrícola segurando frutos no lugar do livro e da tocha, simbolizando a exploração do trabalho e as disparidades econômicas.
Invenções de Benjamin Franklin
A instalação “Médico Elétrico Franklin” enfatiza invenções do estadunidense, mas também lembra que Franklin foi proprietário de escravizados, cuja força permitiu suas pesquisas — uma visão que o governo Trump quis minimizar.
Exibição de direitos das mulheres e atletas transgênero
A mostra sobre o Title IX e atletas femininas apresenta Leo Baker, um skateboarder trans não binário, o que gerou críticas do governo, alegando que a representação de pessoas trans é inadequada ou “ideológica”.
Reações e debates
Encorajados por denunciar o que consideram censura, apoiadores manifestaram solidariedade ao Smithsonian: “História tem coisas ruins. Tentar esconder ou censurar é uma sentença de repetição de erros”, disse uma pessoa nas redes. Outros acusaram o ato de “fascismo” e lembraram que “a história nunca será um destaque idealizado”.
Reação oficial e resistência
O Smithsonian afirmou que sua missão é proteger e representar toda a história americana, incluindo seus aspectos difíceis. Especialistas alertam que a tentativa de revisão pode comprometer a compreensão plena do país ao longo do tempo.
Consequências e próximos passos
Analistas avaliam que esse movimento do governo pode abrir precedentes perigosos para a censura de conteúdos históricos. A comunidade acadêmica e instituições culturais defendem a importância de manter uma narrativa completa, mesmo que difícil.
Até o momento, o Smithsonian não se manifestou oficialmente sobre as ações do governo Trump, que promete revisar as exposições sob o argumento de promover uma “versão mais fiel” da história.