Brasil, 14 de setembro de 2025
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Melhora nas pesquisas de Lula é impulsionada por apoio no Nordeste

A aprovação do presidente Lula cresce, especialmente entre os mais pobres e nordestinos, revelam novas pesquisas de opinião.

A recente melhora nas pesquisas de opinião do presidente Lula (PT) é um indicativo de sua retomada política, particularmente entre suas bases tradicionais. Novos levantamentos realizados pelo Ipsos-Ipec e Datafolha, divulgados na sexta-feira, mostram um crescimento significativo no apoio do presidente, especialmente entre os mais pobres e os residentes do Nordeste, um grupo crucial para sua base eleitoral.

A recuperação nas pesquisas

O Ipsos-Ipec, que entrevistou 2 mil eleitores entre 4 e 8 de setembro, registrou um aumento na aprovação do trabalho de Lula, que subiu de 39% em junho para 44% agora, embora o presidente ainda enfrente uma maioria de desaprovação nos principais institutos de pesquisa. Esse incremento na aprovação é especialmente notável entre os nordestinos, onde o apoio subiu sete pontos percentuais, alcançando 63%, refletindo um novo voto de confiança entre os eleitores que inicialmente estavam inclinados a abandoná-lo devido à alta inflação, que afeta diretamente seu cotidiano.

O impacto do custo de vida na popularidade de Lula

A transformação na percepção pública sobre o governo de Lula parece estar diretamente ligada à recente deflação nos preços dos alimentos, que é crucial para a população de baixa renda. A queda de 0,11% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto foi a primeira registrada no ano e, segundo análises, teve seu impacto acentuado exatamente pela diminuição dos preços dos alimentos. Estima-se que, nos últimos três meses, os preços dos alimentos apresentaram uma queda de 0,91%, contrastando com os aumentos observados em 2022 e no início de 2023.

Aprovação entre classes de renda

Em termos de renda, a pesquisa revelou que Lula está se reconectando com as faixas mais vulneráveis, com 54% de aprovação entre aqueles que recebem até um salário mínimo e um empate com 47% entre os que ganham de um a dois salários mínimos. Essa recuperação nas classes populares é vista como um motor essencial para o resgate da imagem de Lula, que havia sido prejudicada por crises anteriores e pela inflação nos alimentos.

Análise das regiões e classes

A melhora em outras áreas do país também foi observada, mas o Nordeste e os grupos de menor renda se destacam como os pilares da recuperação da popularidade do presidente. No caso do Datafolha, a pesquisa mais recente mostrou uma equidade numérica entre aprovação e desaprovação, ambas com 48%. Além disso, a avaliação “ótimo ou bom” do governo passou de 29% em julho para 33% em setembro. Não apenas o Nordeste se destacou, mas também houve um crescimento de 34% para 39% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos.

Perspectivas futuras

Com a crescente demanda popular por melhorias na qualidade de vida e a pressão da situação econômica global, o governo Lula enfrenta o desafio de manter essa trajetória de recuperação. A Genial/Quaest, em uma análise anterior, já havia destacado o impacto do custo de supermercado na avaliação do governo. Embora a maioria dos entrevistados ainda sinta que os preços subiram, a expectativa começou a mudar, com o aumento do número de pessoas que relataram quedas nos preços.

Nesse contexto, será fundamental para Lula continuar a investir em políticas que tragam alívio ao bolso dos brasileiros e, assim, consolidar uma imagem de político próximo do povo, especialmente em um país onde a desigualdade ainda é muito acentuada.

À medida que as eleições de 2024 se aproximam, a recuperação da popularidade do presidente se torna um indicador crucial do seu desempenho. O sucesso ou fracasso de sua administração pode ser medido não apenas pelas pesquisas, mas sim pelas reais condições de vida da população brasileira.

A melhora nas pesquisas de Lula pode sinalizar não apenas uma renovação de confiança no seu governo, mas também refletir os desafios que ainda permanecem no horizonte. O futuro econômico e político do Brasil pode muito bem depender da capacidade do presidente em sustentar esta recuperação até as eleições.

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