Brasil, 13 de setembro de 2025
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Santa Sé destaca a importância da proteção à infância em Genebra

O arcebispo Ettore Balestrero ressalta a urgência de proteger crianças e mulheres em discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, trouxe à tona questões críticas sobre os direitos das crianças e a dignidade das mulheres durante a 60ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos. Em suas declarações, ele enfatizou que a proteção dos direitos infantis é urgente, e a família tem um papel crucial nessa luta.

Uma violação inaceitável

Balestrero começou sua intervenção destacando o trabalho infantil como uma grave violação da dignidade humana, comentando que cada criança representa uma “obra-prima única e irrepetível de Deus”. Segundo ele, a exploração do trabalho infantil não é apenas uma questão isolada, mas uma “anciã praga” que revela um fracasso coletivo da humanidade. Ele afirmou que, em 2024, 138 milhões de crianças estavam em atividades laborais, com 54 milhões expostas a condições perigosas que ameaçam sua saúde e segurança.

Números alarmantes e a realidade das crianças-soldados

Em sua fala, o arcebispo expressou preocupação não apenas com o trabalho infantil, mas também com o recrutamento de crianças para conflitos armados. Ele ressaltou que, entre 2005 e 2022, mais de 105 mil casos de crianças-soldados foram identificados, com um adicional de 8.655 novos casos registrados pela ONU em 2023. A Santa Sé fez um chamado à ação para que os Estados ratifiquem e implementem efetivamente o Protocolo Opcional à Convenção sobre os Direitos da Criança, que busca proteger as crianças em situações de conflito.

Educação e promoção da dignidade

Durante o diálogo com o Relator Especial sobre o Direito ao Desenvolvimento, Balestrero sublinhou que a dignidade humana deve ser um pilar central em todos os esforços de desenvolvimento. Ele citou o Papa Leão XIV, chamando a atenção para a necessidade de criar um mundo onde todos possam viver de forma verdadeiramente humana. O prelado enfatizou a importância de um desenvolvimento que aborde todas as dimensões da pessoa, destacando a promoção da mulher e da menina como fundamentais para o fortalecimento das famílias e da sociedade.

Fortalecendo a base: a família

Um ponto central nas intervenções do arcebispo foi o papel da família. Ele apontou que esta é “a unidade básica da sociedade” e que deve ser fortalecida. A Santa Sé acredita que políticas que apoiem a vida familiar e incentivem a responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres são essenciais para o desenvolvimento humano e social. “A família deve ser o lugar onde as crianças podem crescer longe da exploração e da violência”, defendeu Balestrero, frisando novamente que quando as mulheres e meninas têm a oportunidade de desenvolver seu potencial, os benefícios se refletem em toda a sociedade.

A chamada à ação

O arcebispo Balestrero fez um apelo não apenas aos Estados, mas também à sociedade civil e às organizações internacionais para que trabalhem em conjunto na erradicação do trabalho infantil e na proteção das crianças e mulheres vulneráveis. Essas ações, segundo ele, são essenciais para garantir que todas as crianças possam desfrutar de seus direitos e crescer em um ambiente seguro e digno.

Por meio de suas declarações, Balestrero não apenas destacou a realidade alarmante do trabalho infantil e do uso de crianças em conflitos armados, mas também apontou caminhos possíveis para a mudança e a promoção da dignidade humana. A luta pela justiça social e pelo respeito às crianças e mulheres é uma responsabilidade compartilhada que todos devem assumir, concluiu.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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