Brasil, 13 de setembro de 2025
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Lula defende mutirões mensais para reduzir filas no SUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propõe mutirões mensais no SUS para diminuir filas de consultas e cirurgias em todo o país.

No último sábado (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma ação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Durante o evento, Lula enfatizou a importância da realização de “mutirões de um mês” como uma estratégia eficaz para reduzir as longas filas de consultas, exames e cirurgias no sistema de saúde pública brasileiro. Essa iniciativa faz parte do programa “Agora Tem Especialistas” do Ministério da Saúde, que Lula busca tornar uma das bandeiras de sua gestão.

Aumento do número de médicos para melhorar o atendimento

Durante sua fala, Lula destacou a necessidade de aumentar a presença de médicos no Brasil, reforçando o papel do programa Mais Médicos. Ele argumentou que a solução para os problemas enfrentados pelo setor de saúde vai além de simplesmente pagar horas extras aos profissionais. “A gente precisa mapear quais são as coisas que estão mais acumuladas e fazer mais mutirões, não uma vez a cada três meses, mas quem sabe a gente não faz um mês inteiro de mutirão”, chamou a atenção o presidente. Lula ressaltou que, apesar de já ter aumentado o número de médicos em quase 30 mil nos últimos dois anos e meio, isso ainda não é suficiente, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a falta de profissionais é mais crítica.

Desafios enfrentados pela saúde pública

O presidente não hesitou em criticar a visão de uma parcela da elite brasileira que acredita que a formação de mais médicos não é necessária. Ele destacou que, enquanto algumas áreas do país podem ter médicos disponíveis, outras enfrentam sérias dificuldades, principalmente em regiões menos desenvolvidas, como o sertão nordestino. “O prefeito não tem dinheiro para pagar”, adicionou Lula, evidenciando a fragilidade do sistema de saúde municipal em muitas localidades.

Além de aumentar a quantidade de médicos, Lula também mencionou a importância de adequar as condições de trabalho e remuneração dos profissionais de saúde. Ele manifestou a intenção de pagar hora extra como uma forma de incentivar os médicos e poder reduzir as filas de atendimentos. “Enquanto a gente não tem todos os médicos que precisamos em todos os hospitais, o nosso pessoal universitário, nossos hospitais vão ter que fazer mais”, afirmou.

Números alarmantes de espera por atendimento

De acordo com uma reportagem publicada pelo GLOBO, os pacientes enfrentaram tempos de espera alarmantes em 2024, com uma média de quase dois meses (57 dias) aguardando por atendimentos, superando até mesmo as esperas durante a pandemia de Covid-19, quando a média foi de 50 dias. Essa situação crítica vai de encontro aos esforços da gestão de Lula para reformar o sistema público de saúde e garantir um atendimento mais eficiente e humano à população.

Com a intenção de mitigar esse cenário, o mutirão realizado no último sábado faz parte do projeto “Ebserh em Ação – Agora Tem Especialistas”. A ação abrange 45 hospitais universitários federais da rede Ebserh em todo o Brasil, com o objetivo de ampliar o atendimento especializado e reduzir o tempo de espera na rede pública de saúde.

Programação dos atendimentos

Estão programados mais de 29 mil atendimentos através do SUS, incluindo 1,9 mil cirurgias eletivas, 4,5 mil consultas especializadas e 22,7 mil exames e terapias. As especialidades atendidas incluem cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher, com a proposta de oferecer um auxílio concreto à população que depende dos serviços públicos de saúde.

Essa proposta de mutirões mensais pode se constituir em um divisor de águas para um dos setores mais criticados do governo e espera-se que, com a execução dessas ações, a realidade da saúde pública no Brasil possa melhorar significativamente.

Com esforços contínuos e um olhar atento às necessidades da população, a expectativa é de que a saúde pública brasileira encontre um caminho para a recuperação e a eficiência, permitindo que mais pessoas tenham acesso a um atendimento digno e ágil.

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