Brasil, 10 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

XVI encontro de bispos dos países lusófonos reúne líderes religiosos

O encontro discute paz e hospitalidade entre Igrejas de expressão portuguesa, visando fortalecer laços e combater populismos.

De 9 a 13 de setembro, Lisboa e Fátima acolhem o XVI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos, um evento que promove a união entre as Igrejas católicas de diversas nações que falam português. Com a participação de representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste, o encontro deste ano se propõe a debater temas relevantes como a paz e a hospitalidade em um mundo cada vez mais polarizado.

Viver a paz na hospitalidade

A abertura do encontro foi marcada por uma forte mensagem de esperança e a necessidade de promover um ambiente acolhedor. O lema escolhido para o evento, “Viver a Paz na Hospitalidade”, reflete o desejo das Igrejas de serem pontes que unam nações e comunidades em tempos de crise. “Este encontro ocorre em um momento em que o mundo atravessa uma noite densa de escuridão devido a tensões entre Estados e guerras”, disse D. José Manuel Imbamba, arcebispo de Saurimo (Angola), destacando a urgência de agir em prol da paz.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, enfatizou que a língua portuguesa é um elemento vital que une os países participantes na missão de levar a salvação a todos. Durante a abertura, ele ressaltou que “a verdade purificadora da memória comum é necessária para sarar feridas e criar um futuro de autêntica fraternidade”. Essa afirmação ecoa a necessidade de abordar as questões históricas e sociais que ainda impactam a convivência entre os povos lusófonos.

Desafios contemporâneos e necessidade de colaboração

Além do tema da paz, o encontro também abordou a crescente onda de populismo na política atual e seu impacto nas migrações. D. José Ornelas fez um alerta quanto à responsabilidade dos governantes em não ceder às pressões populistas, mas sim a agir com inclusão e justiça. “É fundamental que as Igrejas lusófonas colaborem para criar uma cultura de acolhimento que resguardem a dignidade de todos”, afirmou o Bispo de Leiria-Fátima.

A questão da violência e da crise do direito internacional também foi um ponto abordado por D. José Manuel Imbamba. Ele destacou que o atual cenário global é marcado por conflitos que precisam ser enfrentados com determinação e solidariedade. “A resposta da Igreja deve ser uma mensagem de acolhimento e suporte aos vulneráveis que enfrentam situações de crise”, ressaltou.

Um compromisso com o futuro

O encontro seguirá com um programa repleto de atividades, incluindo celebrações e reflexões que visam não apenas fortalecer os laços entre as Igrejas, mas também fomentar a criação de projetos concretos de cooperação pastoral e social. A participação nas celebrações da peregrinação internacional em Fátima, nos dias 12 e 13 de setembro, é um elemento central do evento, proporcionando um espaço de espiritualidade e união para os bispos presentes.

Os líderes religiosos esperam que o XVI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos não apenas sirva para estabelecer diálogos, mas que também inspire ações que promovam a equidade, a paz, e a acolhida aos que mais precisam. “Nós, como Igrejas de expressão portuguesa, queremos ser pontes que unem e que não apenas falam de amor, mas que efetivamente o praticam, permitindo que todos vivam na dignidade que são filhos de Deus”, concluiu D. José Imbamba.

O evento representa uma oportunidade valiosa para os bispos refletirem sobre seu papel em um mundo que exige compromisso com a paz e a justiça, reafirmando a importância da Igreja como agente de mudança social e espiritual nos países lusófonos.

Para mais informações sobre o encontro, ouça a reportagem disponível no site da Vatican News.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes