Um novo relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) destaca que a administração Biden atuou de forma “consistentemente discriminatória” contra cristãos, incluindo católicos. A análise, de 48 páginas, é a primeira emitida pela Força-Tarefa para Erradicar o Preconceito Anticristão, criada em 2024 pelo ex-presidente Donald Trump.
Relatório revela padrões de discriminação sistemática contra cristãos
Chamada “Erradicando o Preconceito Anticristão no Governo Federal”, a investigação aponta que, embora o cristianismo tenha inspirado avanços sociais e espirituais, o governo atual tem marginalizado suas comunidades e suas crenças. Segundo o documento, políticas injustas têm alvo cristãos e instituições religiosas, violando o princípio de “igualdade perante a lei”.
“O governo federal jamais poderá usar seu poder contra pessoas de fé novamente”, afirma o relatório. “Os dias do preconceito contra cristãos no governo dos EUA estão encerrados.”
Casos de viés e represálias durante a administração Biden
Alinhado às diretrizes da força-tarefa, o documento aponta que, sob Biden, órgãos como o Departamento de Justiça (DOJ) evitaram processar o preconceito anticristão, focando em “novas interpretações de ações legais” contra pessoas que expressam suas crenças religiosas. Um exemplo destacado é a prisão de cerca de duas dezenas de cristãos, muitos católicos, por protestos relacionados ao direito à vida.
Essas pessoas foram acusadas por violações ao Ato FACE (Freedom of Access to Clinic Entrances), durante o governo Trump, que lhes concedeu perdão presidencial. O relatório afirma que, no governo Biden, o DOJ não aplicou o FACE para proteger igrejas e centros de crise de gravidez, diferentemente do que ocorreu anteriormente.
Outro episódio citado envolve um memorando de 2023 do FBI que rotula “católicos tradicionalistas radicais” como ameaças de terrorismo doméstico, exemplo de viés considerado grave pelo documento.
Órgãos federais envolvidos na discriminação contra cristãos
Além do DOJ, o relatório acusa o Departamento de Estado de favorecer outros grupos religiosos, enquanto discrimina funcionários cristãos. Destaca-se que, na prática, eram menos concedidas folgas para feriados cristãos em comparação com datas de outras religiões.
O documento também critica a postura do Departamento de Estado, que, sob Biden, teria promovido uma “divisão radical ligada à ideologia de gênero LGBTQ” em missões internacionais, impondo uso de pronomes preferidos e símbolos LGBTI, contrariando convicções de muitos funcionários cristãos.
Outros setores do governo, como o Departamento de Defesa, a Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego e o Departamento de Trabalho, também são citados por desacatar pedidos de isenções religiosas relacionados à vacinação contra a COVID-19.
A administração Biden ainda teria discriminado cristãos em serviços habitacionais, ao censurar postagens em redes sociais que celebrassem feriados cristãos, enquanto permitia conteúdo similar de outras comunidades. Além disso, o relatório aponta o encerramento do Escritório de Iniciativas Baseadas na Fé do Departamento do Trabalho, que foi substituído por uma agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão.
Perspectivas e próximas ações da força-tarefa
Segundo o relatório, as evidências mostram que cristãos e outras pessoas de fé foram alvo de discriminação sistemática durante o governo Biden. A Força-Tarefa, composta por representantes de várias agências federais, planeja investigar detalhadamente a dimensão do preconceito contra cristãos no Executivo. A expectativa é que um relatório completo seja divulgado até fevereiro de 2026.
A iniciativa reforça o compromisso de combater a intolerância religiosa no âmbito do governo federal, promovendo uma “revisão profunda” de suas políticas e práticas que possam prejudicar comunidades cristãs e outras religiões.
Mais detalhes sobre as conclusões do documento podem ser acessados no site oficial da Casa Branca.