O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (4) que o Brasil pode incluir a exploração de minerais críticos e terras raras nas negociações com os Estados Unidos para mitigar os efeitos do tarifaço imposto pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros. A conversa ocorre em um momento de tentativa de ampliar a cooperação econômica entre os dois países.
Exploração de minerais críticos e terras raras na agenda bilateral
Haddad destacou que o Brasil possui minerais essenciais para tecnologias avançadas, como baterias e componentes eletrônicos, que são escassos nos Estados Unidos. “Nós temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais, e podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes na área tecnológica”, afirmou o ministro, em declaração ao portal G1.
A iniciativa busca fortalecer o comércio bilateral e estimular investimentos estratégicos em setores de alta tecnologia, como parte da estratégia do Brasil de ampliar sua participação em cadeias globais de valor.
Mercado de data centers e oportunidades de cooperação
Além dos minerais, Haddad também mencionou o potencial do mercado de data centers, um segmento crescente na economia digital. “Podemos explorar essa área em conjunto com os Estados Unidos, aproveitando o potencial de infraestrutura brasileira para ampliar negócios internacionais”, explicou o ministro.
Contexto geopolítico e perspectivas futuras
A proposta de incluir minerais críticos nas negociações faz parte de um movimento mais amplo de diversificação das relações econômicas do Brasil. A iniciativa visa não apenas mitigar o impacto do tarifaço, mas também posicionar o país como um player estratégico no fornecimento de matérias-primas para tecnologias de ponta.
Especialistas apontam que a cooperação nesse setor pode impulsionar a economia verde e a inovação tecnológica brasileira, além de reduzir a dependência de fornecedores externos na cadeia de produção de componentes essenciais.
A expectativa é que as negociações avancem nos próximos meses, com a assinatura de acordos que favoreçam o desenvolvimento de uma cadeia de mineração sustentável e tecnológica entre Brasil e Estados Unidos.
