Em uma entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira (29/7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma contundente defesa do trabalho do governo em relação à complexa relação com os Estados Unidos, respondendo a críticas da oposição. Ele enfatizou que a narrativa de que o governo não está empenhado em resolver as tarifas impostas por Donald Trump é infundada e serve apenas para criar desinformação.
A importância do diálogo
Haddad destacou que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, está profundamente envolvido nas discussões e que o governo brasileiro está comprometido em resolver o impasse através do diálogo diplomático. Ele criticou a oposição, afirmando que suas ações poderiam atrapalhar o Brasil. “A oposição precisa parar de atrapalhar”, ressaltou.
Reação à falta de apoio da oposição
Em sua fala, Haddad pediu que a oposição cesse suas ações que, segundo ele, dificultam a diplomacia. Ele mencionou que o governo “está sempre aberto ao diálogo” e fez apelos para que os que estão “atrapalhando” cessem suas intervenções negativas. Segundo o ministro, essa postura é essencial para a construção de uma relação mais saudável e produtiva com os Estados Unidos.
Impactos das tarifas no Brasil
O ministro também comentou que o Brasil e os EUA estão em uma fase delicada desde o anúncio das tarifas de 10%. “Todos estão pisando em ovos”, comentou, ao avaliar como a administração de Trump afetou a relação bilateral. Para Haddad, as decisões do presidente americano não impactaram somente o Brasil, mas afetaram diversos países no cenário global.
Desenvolvimentos na economia
Em relação à economia interna, Haddad mencionou um plano de contingência que está sendo elaborado para auxiliar as empresas em tempos de crise. Ele acredita que o Congresso Nacional não se oporá a medidas que visem ao socorro das empresas, uma vez que a situação exige um apoio político unificado, especialmente em momentos de emergência.
A popularidade de Lula e o contexto atual
Quando perguntado sobre o aumento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad afirmou que o presidente não se aproveita das circunstâncias atuais. Ele fez questão de destacar que a recuperação na aprovação do governo aconteceu antes do “tarifaço”, evidenciando que as discussões sobre a tributação de super-ricos já estavam em pauta.
Expectativas futuras
A visão do ministro aponta para um futuro em que a diplomacia prevalece, mesmo diante de desafios. Ele expressou a esperança de que, com menos atrapalhos por parte da oposição, o governo poderá avançar nas negociações com os EUA e estabelecer um entendimento mais claro sobre as tarifas. Haddad avaliou que “diante de uma emergência dessa, não haverá falta de apoio político”, referindo-se à possibilidade de o Congresso colaborar ativamente nas novas propostas.
Os próximos passos no relacionamento Brasil-EUA podem definir não somente o tom da diplomacia, mas também trazer consequências diretas para a economia brasileira. Assim, com a continuidade dos diálogos e a busca por soluções diplomáticas, o governo espera avançar em um cenário que não apenas favoreça as negociações, mas que também fortaleça a economia interna em tempos desafiadores.