Brasil, 12 de julho de 2025
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Confusão financeira marca o basquete do Vasco após saída de patrocinador

O basquete do Vasco enfrenta turbulências financeiras após alegações de sumiço de dinheiro por parte do ex-patrocinador Pedro Ortega.

O cenário do basquete do Vasco está em um momento complicado após o término da atual edição do NBB. O principal patrocinador do clube, o empresário Pedro Ortega, decidiu se desligar da equipe e trouxe à tona acusações de que teria havido um “sumiço de dinheiro” na gestão da modalidade. Em resposta, o Vasco negou as acusações e apresentou sua versão dos acontecimentos em uma nota oficial.

Acusações de Ortega e resposta do clube

Em seu perfil no Instagram, Ortega alegou que um valor de R$ 1 milhão, supostamente gerado por resultados positivos nas últimas duas temporadas do basquete, teria desaparecido. O empresário declarou: “O basquete deixou dinheiro no Vasco. Por mais que seja pouco, deixei, nesta temporada, 600 ‘contos’. Na outra, 300. A quadra, paguei do dinheiro que captei. Foi mais de R$ 1 milhão que deixou e sei lá para onde foi o dinheiro.”

Em um vídeo publicado pela associação responsável pelos esportes olímpicos do clube, Renato Brito Neto, segundo vice-presidente geral, desmentiu Ortega, afirmando que o dinheiro foi reinvestido na modalidade. “O dinheiro era para bancar o time de basquete do Vasco. Os gestores têm um orçamento e o Vasco executa. Não há nem uma definição se o resultado do projeto este ano foi positivo”, garantiu.

Discrepâncias e justificativas financeiras

Brito Neto explicou que ainda está em andamento o fechamento de contas da temporada, e declarou que a afirmação de que R$ 1 milhão desapareceu é uma “tremenda inverdade”. “O Vasco usa a Confederação Brasileira de Basketball para comprar passagens, e só nesse ano foram R$ 450 mil. Isso mostra que o Vasco, sim, tem uma participação no projeto”, falou o vice-presidente, desafiando as acusações lançadas por Ortega.

Outro ponto polêmico foi a suposta discrepância nos custos de uma viagem para São Paulo. Enquanto Ortega afirmou que o custo da viagem variou de R$ 80 mil para R$ 30 mil, Brito Neto argumentou que a diferença real foi muito menor, de apenas cinco a oito mil reais. “Os gestores do basquete mandam para o setor de compras a necessidade da viagem, e o setor orça e devolve para eles”, afirmou Brito Neto, ressaltando que as contas foram revisadas antes da aprovação.

Desafios futuros e busca por novos patrocinadores

O Vasco foi eliminado nas quartas de final do NBB pela equipe do Minas, e o clube enfrenta agora um período desafiador com a saída de jogadores titulares e do próprio patrocinador. Jogadores significativos, como o armador Eugeniusz e o ala Rafael Paulichi, deixaram a equipe, e Marquinhos, outra referência, anunciou sua aposentadoria. Brito Neto destacou que a diretoria está empenhada em buscar novos patrocinadores para garantir a continuidade do projeto.

“O Vasco segue lutando com seus gestores pela manutenção da modalidade. Estamos correndo atrás de patrocínios, fazendo reuniões e tentando através dos contatos do presidente Pedrinho”, afirmou Brito. Apesar dos desafios, o sentimento é de que o basquete pode ser sustentável, desde que sejam feitos investimentos conscientes e estratégias eficazes para a atração de novos apoiadores.

A turbulência atual no basquete do Vasco serve como um alerta para a importância da transparência financeira e da gestão responsável, numa área tão apaixonante e competitiva como é o basquete. A resposta aos questionamentos e a colaboração de todos podem ser determinantes para manter a modalidade viva e forte no futuro.

O conflito entre as partes pode ser um sinal de que ajustes são necessários nas relações entre patrocinadores e clubes, sempre visando a transparência e a confiança nas gestões esportivas.

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