Nesta quarta-feira (9), a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados (CRE) aprovou uma moção de louvor ao presidente norte-americano Donald Trump, em meio a tensões comerciais com o Brasil. O documento elogia o ex-presidente dos Estados Unidos pelo seu “trabalho brilhante” e por sua defesa da democracia e da liberdade de expressão.
Votações e posicionamentos na comissão
A reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira, com a apresentação do requerimento pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Decerto, o documento recebeu respaldo de parlamentares de oposição, embora a comissão seja dominada por oposicionistas e presidida por Filipe Barros (PL-PR), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O texto afirma que Trump merece ser reconhecido “pelo brilhante trabalho desenvolvido como presidente da maior nação e pela incansável luta em defesa da democracia e da liberdade de expressão em todo o planeta”. Segundo o documento, “o 45º presidente dos Estados Unidos deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo, exemplo para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”.
Reações e críticas à homenagem
Logo após a aprovação, autoridades governistas criticaram duramente a iniciativa. Em coletiva de imprensa no final do dia, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), manifestou repúdio: “Queremos repudiar a aprovação nesta comissão, pela bancada do PL, de uma moção de louvor a Donald Trump”.
Farias acrescentou que “o Brasil, neste momento, vai ficar dividido entre quem defende os interesses brasileiros e quem apoia os interesses norte-americanos e de Trump”.
Contexto da medida e impacto na relação Brasil-EUA
Horas após a homenagem, o governo americano anunciou uma tarifação de 50% sobre produtos brasileiros, o que intensifica a tensão nas relações comerciais entre os dois países. A iniciativa gerou críticas internas no Brasil, alimentando debates sobre interesses econômicos e alinhamentos políticos.
Especialistas avaliam que a proposta de homenagem reflete a polarização política nacional e o alinhamento de setores favoráveis ao ex-presidente Bolsonaro com a estratégia de Trump, que busca reforçar sua influência no cenário internacional.
Para mais detalhes sobre o impacto da tarifação, consulte o site do G1.