Brasil, 9 de julho de 2025
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Justiça cassa mandatos de prefeito e vice-prefeito em Barrolândia

O prefeito de Barrolândia, João Machado, e o vice, Neusimar dos Reis, tiveram seus mandatos cassados por suposta troca de benefícios por votos.

A situação política em Barrolândia, município localizado no estado do Tocantins, ganhou novos contornos após a Justiça cassar os mandatos do prefeito João Machado Alves (União) e do vice-prefeito Neusimar dos Reis (Republicanos). Além deles, o ex-prefeito Adriano José Ribeiro foi declarado inelegível por oito anos, tudo isso em decorrência de suspeitas de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024. O caso levanta questões importantes sobre a transparência nas eleições e a ética na gestão pública.

A resposta do prefeito à decisão judicial

Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, João Machado se manifestou sobre a decisão da Justiça, afirmando que não pretende se afastar do cargo e que lutará pelo seu mandato. “Eu tenho certeza que eu vou continuar no meu mandato. Não vou ser afastado, vou continuar trabalhando e lutando por vocês. Eu estou tranquilo, não devo nada”, afirmou o prefeito. Ele alegou que está sendo responsabilizado por ações da gestão anterior e negou qualquer acusação de irregularidades durante sua campanha.

Defesa e recursos

O advogado Márcio Gonçalves, que representa os dois mandatários cassados, informou que irá recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em entrevista, João Machado enfatizou que não houve troca de benefícios por votos e que sua campanha foi conduzida de forma ética. “Essa é uma armação de adversários políticos que não aceitam a derrota”, adicionou.

Adriano José, o ex-prefeito, também se pronunciará nos autos para contestar a decisão judicial, conforme informado por sua defesa.

Reações do partido União Brasil

A direção do União Brasil no Tocantins expressou sua discordância em relação aos fundamentos jurídicos que levaram à cassação dos mandatos. Em nota, o partido reafirmou sua confiança na legalidade do processo eleitoral em Barrolândia, ressaltando que a eleição se deu em “estrita conformidade com a legislação vigente”.

Sobre a decisão da Justiça

A decisão que resultou na cassação dos mandatos foi proferida pelo juiz eleitoral da 28ª Zona Eleitoral de Miranorte, Ricardo Gagliardi, no dia 4 de julho de 2025. O magistrado alegou que os investigados trocaram benefícios por votos nas eleições do ano passado, como contratações temporárias, aprovações em concursos públicos e até mesmo ofertas de dinheiro e auxílio para transporte até os locais de votação.

O juiz ainda destacou que, no ano da eleição, observou-se um aumento significativo no quadro de funcionários da prefeitura, que passou de 158 para 227, sem qualquer justificativa que não fosse a possibilidade de angariar apoio político do eleitorado. A relação de dependência entre a política local e os empregos na administração pública foi vista como parte da construção desse cenário.

Outras implicações

Outros dois vereadores também foram investigados, mas tiveram seus mandatos mantidos, pois não foram apresentadas provas suficientes que indicassem sua responsabilidade nos supostos ilícitos eleitorais.

A situação em Barrolândia destaca a importância da vigilância sobre as práticas eleitorais e a necessidade de garantir que as eleições sejam conduziadas de forma justa e transparente. A continuidade desse caso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) provavelmente trará novos desdobramentos interessantes para o cenário político local.

Em épocas eleitorais, a integridade das práticas políticas deve ser uma prioridade, e essa decisão judicial poderá estabelecer precedentes significativos para futuras eleições em todo o Brasil. Diante da gravidade das acusações, a sociedade aguarda com expectativa as próximas etapas desse processo.

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