O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ao Metrópoles, nesta terça-feira (8/7), que o governo está avançando na implementação do programa de isenção na conta de luz para a população mais pobre, enquanto a oposição contradiz essa iniciativa.
Disputa de direções no setor elétrico
Segundo Haddad, “o presidente Lula quer isentar quem consome até 80 KW e reduzir a tarifa para quem consome de 80 a 120 KW”, ressaltando que o governo segue uma linha diferente da adotada pela oposição. “O governo está indo em uma direção e a oposição na outra”, enfatizou.
Entrevista completa do ministro à Metrópoles
Consentindo uma visão mais aprofundada, Haddad concedeu uma entrevista ao Metrópoles. Assista à entrevista aqui.
O ministro também comentou sobre a votação de parlamentares da base do PT que foi contrária ao veto presidencial, atribuindo a esse comportamento a uma eventual falta de orientação ou compreensão do que estava em jogo.
“Agora o presidente Lula vai precisar tomar providências, negociadas com o Congresso, para não encarecer a conta de luz”, afirmou, ao alertar que, recentemente, o Congresso derrubou um veto do Executivo que limitava benefícios fiscais ao setor elétrico.
Questionado sobre o sistema elétrico atual, Haddad criticou a estrutura vigente no Brasil, afirmando que “não há nenhum especialista que defenda o modelo atual”. Ele acrescentou que Lula tem uma equipe dedicada ao debate para buscar uma solução que permita às pessoas que consomem pouco deixar de pagar tarifas elevadas.
O ministro também revelou que o governo buscará negociações com o Congresso para garantir que o programa de isenção da luz seja mantido sem que haja aumento na tarifa para os consumidores.