No contexto da 17ª Cúpula do Brics, que reúne chefes de Estado e autoridades internacionais no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) está implementando manobras aéreas inovadoras para garantir a segurança da área. Em um impressionante feito logístico, caças da FAB estão sendo reabastecidos enquanto ainda estão em missão, permitindo que a vigilância sobre o espaço aéreo seja mantida sem interrupções. Este procedimento, que se realizou no domingo (6), mostra a capacidade operacional dos pilotos da FAB e a eficiência do sistema de defesa aérea brasileiro.
Reabastecimento aéreo: um procedimento vital
O reabastecimento em voo consiste em uma manobra onde um avião-tanque se conecta com um caça em pleno ar, utilizando uma mangueira projetada para o fornecimento de combustível. Esse processo não só economiza tempo, mas também mantém os caças em alerta e prontos para qualquer ação necessária, sem a necessidade de realizar pousos para reabastecimento. Esta técnica é vital em momentos de alta tensão e operação, como a Cúpula do Brics, onde a segurança dos líderes e a proteção do espaço aéreo se tornam prioridades absolutas.
Aviões interceptados e restrições no espaço aéreo
No dia 7 de julho, o espaço aéreo do Rio de Janeiro estava sob intensas medidas de segurança, com restrições rigorosas em vigor. Desde o início da cúpula, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) relatou a necessidade de interceptação de aeronaves não autorizadas. Foram identificados três pequenos aviões e 81 drones que suscitaram preocupações. Além disso, a Aeronáutica negou 170 solicitações de voos na área restrita.
As aeronaves interceptadas foram escoltadas para fora da área de restrição. Uma investigação foi iniciada para esclarecer como as aeronaves conseguiram entrar em uma área de segurança tão restrita. Apenas aeronaves ligadas aos participantes das reuniões do Brics têm permissão para sobrevoar áreas próximas ao Museu de Arte Moderna e à Marina da Glória.
Medidas de segurança durante a Cúpula do Brics
A segurança durante a Cúpula do Brics é gerida com a seriedade necessária. Conforme o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, a área de exclusão está dividida em três raios de restrição em relação ao Museu de Arte Moderna, com distâncias de 144 km, 108 km e 10 km. A ativação dessas áreas de restrição visa proteger líderes e participantes do evento, sendo fundamental que todos respeitem as orientações de segurança.
“A área de restrição está ativada até esta segunda (7), às 18h. A ideia é garantir a segurança e a nossa orientação é não entrar na área de exclusão, especialmente na área vermelha. Estaremos armados e preparados para atuar em caso de qualquer intercorrência”, completou o oficial, destacando a prontidão das forças de segurança.
A importância da cúpula internacional
A 17ª Cúpula do Brics, que se realiza no Rio de Janeiro, reúne líderes de países emergentes, enfatizando a cooperação internacional e diálogos sobre desenvolvimento sustentável, economia global e segurança. Com o cenário de insegurança cibernética e questões geopolíticas em pauta, a presença da força militar e as manobras aéreas são cruciais para assegurar que todos os participantes possam deliberar com segurança.
À medida que o evento se desenrola, a atenção das autoridades e da sociedade civil continua voltada para a segurança e a proteção do espaço aéreo, com a esperança de que a cúpula contribua para avanços significativos nas relações entre os países envolvidos.
A realização de operações aéreas como o reabastecimento em voo traduz a capacidade e os preparativos da FAB para operar em situações de alta demanda e complexidade. A expectativa é que essa cúpula possa não apenas fortalecer laços entre as nações do Brics, mas também apresentar um modelo de segurança e cooperação no cenário internacional.
Para mais detalhes sobre as operações da FAB durante a cúpula, acesse a cobertura completa do G1.