No último encontro de torcedores rubro-negros nos Estados Unidos, Marcelo Dunlop, cronista do Globo, trouxe à tona uma discussão que paira na cabeça de muitos: quais seriam os melhores jogadores que já vestiram a camisa do Flamengo? Em meio a conversas animadas e a um cenário de incertezas, a paixão pelo clube ganha forças, especialmente em tempos de Copa do Mundo de Clubes.
A influência da política na experiência dos torcedores
Com as recentes políticas de deportação implementadas nos Estados Unidos, muitos torcedores brasileiros enfrentam um clima de apreensão. Durante uma visita a um bar na cidade, a recíproca entre Flamengo e Chelsea se intensificou, e uma garçonete que vive como imigrante ilegal compartilhou sua nova realidade. A mudança nos hábitos sociais é drástica: evitar encontros em locais frequentados por outros brasileiros, com medo de uma batida surpresa das autoridades.
Essa realidade coloca em evidência como a política pode afetar as pequenas alegrias do dia a dia, e a experiência de torcer pelo Flamengo, mesmo a milhares de quilômetros de casa, é uma das poucas distrações que permanecem.
O técnico das emoções: Ruy Castro e a escalação dos sonhos
Durante uma viagem de trem da Filadélfia a Nova York, na companhia de fãs fervorosos incluindo o lendário goleiro Raul, a conversa logo derivou para a construção de uma escalação dos melhores jogadores do Flamengo de todos os tempos. A incerteza pairava no ar: quem seriam os escolhidos para representar essa rica história? Ruy Castro, um conhecido escritor e torcedor do clube, foi contatado para compartilhar seus pensamentos sobre o tema.
Em sua resposta, Ruy comentou que desde 2019 tentava atualizar sua escalação dos melhores e, finalmente, tinha conseguido. O resultado foi a formação de três supertimes que deixariam qualquer rival em estado de alerta.
Três supertimes que marcaram época
O terceiro time alinhado por Castro poderia competir até com os grandes europeus, como o Real Madrid. Com jogadores como Garcia, Jorginho e Evaristo, o time é formado por uma combinação poderosa de habilidades e talentos que fez história. No segundo time, nomes icônicos como Raul, Aldair e Bruno Henrique garantem uma goleada sem dificuldades contra o PSG.
Por fim, a escalação dos sonhos do primeiro time inclui Julio Cesar no gol, um trio defensivo com Domingos da Guia e Junior, e um meio-campo que traz Gerson, Zico e a estrela atual Arrascaeta. A troca de ideias faz com que essa conversa se torne ainda mais envolvente, à medida que torcedores apresentam suas escolhas e discutem a relevância de cada jogador na formação.
O dilema de incluir Gerson e outros ícones
Um dos pontos de discórdia ficou em torno da inclusão dos artilheiros Nunes e Henrique, ambos com trajetórias destacadas. Ruy, no entanto, fez questão de ressaltar a importância de Gerson, atual capitão do time, cuja habilidade e contribuições ao longo dos anos lhe conferem um espaço garantido na história do clube.
A figura de Gerson Canhota representa não só uma referência técnica, mas um símbolo de identificação para muitos torcedores que cresceram acompanhando suas partidas.
Futuro das escalações e novas promessas
Enquanto todos esperam ansiosos pela partida de volta contra o Chelsea, a possibilidade de mudança na escalação, seja pela integração de novos talentos como o zagueiro Léo Ortiz, é uma questão debatida entre os torcedores. O entusiasmo por renovar e manter a tradição do clube é um sentimento constante em meio às discussões.
A paixão pelo Flamengo vai além das quatro linhas e ressoa em cada encontro, conversa e lembrança dos ídolos que deixaram sua marca na história. No final das contas, a beleza do futebol está na emoção que ele traz e na união que fornece entre os torcedores, não importa a distância.
**Marcelo Dunlop é o cronista rubro-negro da ‘On Tour’, coluna do GLOBO que mostra a visão dos torcedores brasileiros nos EUA durante a Copa do Mundo de Clubes.**
Para mais detalhes sobre a trajetória do Flamengo, acesse: Esta matéria completa.
