Brasil, 17 de junho de 2025
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Indicadores da economia indicam desaceleração mais forte do que a prevista

Dados do Monitor do PIB da FGV apontam desaceleração significativa, reforçando efeito da política monetária restritiva do Banco Central

O Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma desaceleração forte da economia brasileira em abril, com uma variação negativa de 0,4%. Os dados indicam uma perda de ritmo mais acentuada do que a prévia do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-br), divulgado nesta segunda-feira, que aponta uma alta de 0,2% no mesmo período, embora também sinalizando desaceleração.

Impacto da política monetária restritiva na economia brasileira

De acordo com Claudio Considera, coordenador das Contas Nacionais do FGV Ibre, a diferença entre os dois indicadores pode decorrer do modelo de dessazonilização utilizado. Segundo ele, a forte desaceleração confirma que a política de juros elevados adotada pelo Banco Central vem mostrando resultados positivos, indicando uma possível pausa no ciclo de alta de juros na próxima reunião do Copom.

Sinais de desaceleração em setores específicos

Apesar da retração registrada em um mês, Considera destaca que não há ainda uma confirmação de que a economia entrará em um novo ciclo de quedas. Enquanto o setor de serviços apresentou crescimento de 0,1%, outros segmentos ainda demonstram resultados negativos, refletindo os efeitos da política monetária mais restritiva.

O especialista também observa que o consumo das famílias avançou 1,1%, uma alta moderada que reforça os sinais de desaceleração geral da economia brasileira.

Reações e análises do mercado

Analistas avaliam que a contemporânea fraqueza do dólar, que beneficia a economia brasileira, é também parte de uma crise global. A recente queda da moeda americana, segundo especialistas, ajuda a conter a inflação interna, embora a sua fraqueza esteja relacionada a fatores externos e à crise financeira mundial.

Outro dado relevante é a forte redução nos bens duráveis (-2,8%), itens geralmente adquiridos a prestação, altamente influenciados pelas altas taxas de juros. Esse movimento reforça a ideia de impacto direto das políticas do Banco Central na dinâmica do consumo e do crescimento econômico.

Perspectivas futuras e próximos passos

Especialistas indicam que a retração de um mês não é suficiente para afirmar que haverá novas quedas na atividade econômica. No entanto, a tendência de desaceleração reforça o indicativo de que o ciclo de juros altos pode estar perto do fim, com uma eventual mudança de postura na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Além disso, considera-se que os sinais de restrição monetária estão consolidando uma redução do crescimento do consumo e de certos segmentos da produção, o que pode levar a um ajuste na política adotada pelo Banco Central nos próximos meses.

Para mais detalhes, acesse a análise completa do monitor do PIB da FGV.

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