A economia brasileira avançou 0,2% em abril na comparação com março, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (16/6). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), refletiu essa variação após ter registrado uma alta de 0,8% em março, indicando uma desaceleração no ritmo de crescimento.
IBC-Br, considerado a prévia do PIB
- O indicador é uma estimativa do crescimento dos setores agropecuário, industrial e de serviços.
- O cálculo do IBC-Br é ajustado sazonalmente, permitindo comparações entre períodos diferentes, neste caso, com abril de 2024.
- O índice é uma ferramenta importante para o Banco Central na definição da taxa básica de juros, a Selic.
- O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país.
- Uma alta no índice indica crescimento econômico, enquanto recuos sugerem redução na produção.
Economistas destacam que, no trimestre, o IBC-Br acumulou uma alta de 1,8%, sinalizando continuidade na recuperação econômica, embora com ritmo mais moderado. Por setor, a indústria e a agropecuária tiveram os piores desempenhos, com recuo de 1,1% e 0,9%, respectivamente. Já o setor de serviços apresentou uma leve expansão de 0,4%.
Desempenho dos setores produtivos em abril
A queda na indústria e na agropecuária reflete os desafios atuais enfrentados por esses segmentos, enquanto o setor de serviços mostra resistência e potencial de crescimento em meio às dificuldades econômicas.
Indicadores de comparação e perspectivas futuras
Na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br teve alta de 2,5%, indicando continuidade na retomada da atividade econômica ao longo dos últimos 12 meses. Ainda assim, o crescimento acumulado no ano até abril foi de 3,5%. Essas variações, porém, foram calculadas sem ajustes sazonais.
Economistas alertam para uma potencial desaceleração da economia brasileira em 2025, devido ao atual cenário de juros elevados e inflação persistente. Segundo o Banco Central, a expectativa de crescimento para este ano é de 1,9%, enquanto analistas do mercado financeiro, ouvidos no relatório Focus, projetam alta de 2,20% para 2025 e de 1,83% em 2026.
A desaceleração prevista indica que, apesar dos avanços recentes, o ritmo de expansão do Brasil deve diminuir nos próximos anos devido às condições econômicas atuais, como revela especialistas.
Perspectivas para o PIB em 2025
As projeções indicam que o PIB deve desacelerar em 2025, consolidando um crescimento de cerca de 2,3%, conforme previsão do FMI, enquanto o Banco Central mantém a previsão de expansão de 1,9% neste ano. No entanto, os fatores de risco, como a inflação elevada, podem influenciar esse cenário, segundo analistas.
Para saber mais sobre os detalhes das estimativas econômicas, acesse a análise completa.