Os Estados Unidos estão desenvolvendo um plano para usar poderes de emergência herdados da Guerra Fria a fim de financiar projetos de terras-raras, minerais estratégicos para a segurança nacional, segundo fontes com conhecimento do assunto. A iniciativa busca combater a dependência da China na cadeia de fornecimento desses materiais.
Projeto busca acelerar a cadeia de terras-raras nos EUA
Autoridades estariam discutindo a utilização da Lei de Produção de Defesa para obter recursos destinados à mineração, processamento e tecnologia relacionados às terras-raras, que são cruciais para setores como defesa, tecnologia e energia limpa. Segundo fontes, a MP Materials, única produtora americana de terras-raras, seria a principal beneficiária dessa estratégia.
O vice-secretário de Defesa, Steve Feinberg, estaria liderando esforços para montar uma linha de financiamento para a empresa, que já recebeu recursos do Departamento de Defesa. As ações da MP Materials tiveram alta de até 17%, atingindo US$ 29,96 na Bolsa de Nova York, seu maior patamar desde março.
Contexto internacional e riscos de retaliação
Essa movimentação ocorre em meio às tensões comerciais com a China, que restringiu exportações de minerais estratégicos, acirrando a corrida por alternativas domésticas nos EUA. “Isso é um alerta para os Estados Unidos”, afirmou Doug Burgum, secretário do Interior, destacando a vulnerabilidade do país ao domínio chinês no processamento de terras-raras, que representam 85% do processamento global.
Analistas comentam que o uso de tarifas como medida de retaliação ainda é incerto quanto à sua eficácia, enquanto a administração Trump retomou esforços para fortalecer a cadeia de suprimentos interna de ímãs de terras raras, incluindo a aceleração de licenças e investimentos bilionários.
Futuro da cadeia de minerais críticos nos EUA
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que a MP Materials é exemplo de uma parceria que o governo busca ampliar para garantir o abastecimento de terras-raras. “Precisamos de uma reserva mineral mais robusta, e isso exigirá bilhões de dólares em investimentos,” destacou.
As discussões também envolvem a elaboração de plataformas de financiamento através da Defesa de Produção (DPA) e outros mecanismos, para acelerar a formação de uma cadeia de fornecimento mais autônoma. O objetivo final é reduzir a vulnerabilidade dos EUA às restrições chinesas e garantir autonomia tecnológica.
Por outro lado, a China mantém seu bloqueio de exportações de minerais estratégicos, destacando a importância de projetos domésticos. Especialistas alertam que, atualmente, os EUA possuem estoques insuficientes, o que reforça a necessidade de ações rápidas e estratégicas para fortalecer sua posição no mercado mundial de terras-raras.
Mais informações sobre os esforços de fortalecimento da cadeia de minerais críticos podem ser acessadas neste link.