O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu antecipar sua semana de férias para o período de 16 a 22 de junho, em vez de ficar ausente de 11 a 22 de julho. A mudança foi publicada em despacho oficial no Diário Oficial da União, assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, que também atua como vice-presidente. Haddad, que atualmente ocupa o cargo de ministro da Fazenda, ficará temporariamente fora do comando da pasta durante essa semana.
Contexto e motivos da mudança
A antecipação ocorre em meio à expectativa de anúncio do ajuste fiscal e por pressão contra o ministro, que busca avançar com medidas para reverter o impasse gerado pelas recentes mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo fontes oficiais, a decisão visa criar um ambiente mais estável para o debate sobre o pacote de medidas econômicas.
Reuniões com líderes políticos e diálogo com o Congresso
Antes da antecipação, Haddad participou de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, na qual foi decidido que o governo e o Legislativo não divulgariam detalhes do pacote fiscal antes de consultar os líderes das duas Casas. Uma reunião prevista para este domingo (8/6) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, terá como objetivo deliberar sobre as ações de esforço fiscal.
De acordo com Haddad, o governo está atento às negociações e busca convencer o Congresso de que o pacote fiscal é a melhor estratégia para a economia do país. “Precisamos que o Congresso esteja convencido de que este é o caminho mais convincente do ponto de vista macroeconômico”, afirmou. A reunião será uma oportunidade para alinhamento de posições antes de possíveis anúncios oficiais.
Repercussões e expectativas
Analistas avaliam o movimento como uma estratégia para reduzir tensões e garantir maior apoio político às medidas fiscais. A expectativa é de que Haddad retorne ao trabalho após a semana de descanso, enquanto o governo mantém o foco em avançar no ajuste e na estabilidade econômica.
Para saber mais sobre o tema, confira as análises do governo e do Congresso sobre o pacote fiscal e o posicionamento de Haddad frente às mudanças no IOF.