Brasil, 5 de junho de 2025
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Possível revisão do IOF é discutida pelo ministro Fernando Haddad

O ministro da Fazenda admite ajuste do IOF após reunião com Lula e líderes do Congresso.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou a possibilidade de revisar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) durante um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefes do Legislativo. A declaração surge em meio a discussões sobre medidas fiscais que visam estabilizar as contas públicas do Brasil.

A importância do diálogo no governo

Após a reunião realizada no Palácio da Alvorada, Haddad destacou que uma “calibragem” na elevação do IOF pode ocorrer caso as medidas fiscais propostas sejam aprovadas e reconhecidas como justas. “O acordo é apresentar as medidas. Em caso de aprovação e reconhecimento da justiça das medidas… eu tenho espaço para uma calibragem”, afirmou o ministro, indicando que a responsabilidade do governo está focada em encontrar um meio-termo que atenda tanto as necessidades do Estado quanto do setor econômico.

Apesar da abertura para mudanças, Haddad ressaltou que as medidas e ajustes só serão revelados após uma reunião programada com os líderes partidários do Congresso no próximo domingo, 8 de junho. Ele mencionou a segurança de que essas propostas são justas e sustentáveis, enfatizando a importância de um consenso antes de qualquer anúncio oficial.

Reunião com líderes do Congresso

O almoço que ocorreu entre Lula, Haddad e líderes do Legislativo, como Davi Alcolumbre (Senado) e Hugo Motta (Câmara), foi um passo para garantir que as vozes da política sejam ouvidas nas decisões do governo. O presidente Lula defendeu a participação dos representantes do Congresso, ressaltando a importância de que as medidas a serem enviadas sejam discutidas previamente com os líderes partidários, criando um ambiente de colaboração.

Mudanças propostas no IOF

  • A equipe econômica propôs um conjunto de medidas que incluem ajustes no IOF, com previsão de um impacto fiscal significativo: R$ 20,5 bilhões para 2025 e R$ 41 bilhões para 2026.
  • Entretanto, o governo recuou em algumas decisões, especialmente após reações adversas do mercado financeiro em relação ao aumento do IOF para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior.
  • Además, no pacote inicial, existiam propostas para restringir o uso do VGBL como fundo de investimento, especulando sobre tributação reduzida para altas rendas.

O ministro Fernando Haddad também mencionou a possibilidade de um plano alternativo que incluiria uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei (PL), além de uma Medida Provisória (MP). Este tema tem sido debatido intensamente entre o governo e o Congresso, especialmente desde que a alta do IOF foi divulgada, sem receber o apoio do mercado e de alguns parlamentares. A oposição, por sua vez, tem pressionado por um projeto de decreto legislativo que revogue a decisão.

Expectativas e prazos

No último dia 29 de maio, o presidente da Câmara, Hugo Motta, estabeleceu um prazo de dez dias para que o governo apresentasse uma alternativa à proposta do aumento do IOF. De acordo com informações, o anúncio do ministro Fernando Haddad foi acelerado em função da viagem de Lula à França, marcada para a mesma noite, mostrando a urgência do governo em encontrar soluções que possam sanar as preocupações financeiras e políticas em torno do tema.

Com a expectativa de que as discussões avancem positivamente, a proposta de revisar o IOF e implementar medidas que equilibrem as contas públicas será um divisor de águas nas finanças do Brasil. Resta aguardar como o governo avançará nas negociações e quais ajustes finais serão propostos às lideranças do Congresso para garantir o apoio necessário para a implementação dessas medidas.

Ainda é incerto o impacto que essas decisões terão na economia e na relação do governo com as diversas partes envolvidas, mas o diálogo e a transparência nas discussões podem ser fundamentais para o sucesso das iniciativas.

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