Brasil, 31 de maio de 2025
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PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025

Economia brasileira avança 1,4% no início de 2025, impulsionada pelo crescimento do setor agropecuário, aponta o IBGE.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao último trimestre de 2024, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou próximo da previsão dos analistas, que estimavam uma expansão de 1,5%, segundo pesquisa do valor econômico.

Setor agropecuário lidera o crescimento

O destaque do período foi o setor agropecuário, que cresceu 12,2%, refletindo uma supersafra devido às condições climáticas favoráveis desde outubro do ano passado. No último trimestre de 2024, o setor havia apresentado recuo de 4,4%, mas a melhora do clima e a expectativa de uma safra recorde de soja impulsionaram o desempenho.

“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Impactos econômicos e perspectivas

Com a alta do setor agrícola, o resultado do PIB total somou R$ 3 trilhões, alinhado às estimativas de analistas. No acumulado de quatro trimestres, o crescimento é de 3,5%. Apesar do bom desempenho do campo, a indústria e o setor de serviços tiveram resultados mais modestos, com avanços de 0,3% e uma queda de 0,1%, respectivamente.

Dificuldades na indústria

Segundo o IBGE, a queda na indústria de transformação e construção reflete uma política monetária restritiva, com juros elevados, atualmente em 14,75%. No entanto, o consumo das famílias e os investimentos mostram sinais de resiliência, impulsionados por um mercado de trabalho aquecido e programas de crédito.

Consumo e investimento fortalecem a economia

O consumo das famílias cresceu 1% no primeiro trimestre, revertendo uma queda de 0,9% nos três meses anteriores. A baixa taxa de desemprego, que atingiu 6,6% em abril – a menor série histórica –, e a alta na massa de rendimentos reais, que atingiu R$ 349,4 bilhões, contribuíram para essa recuperação.

Além disso, os investimentos avançaram 3,1%, o maior em um ano, impulsionados por importações de plataformas de petróleo chinesas e serviços relacionados à internet e desenvolvimento de softwares, que não são tão afetados pelos juros altos.

Otimismo e futuros desafios

Os bons resultados reforçam o otimismo dos economistas, que começaram a revisar suas projeções para o crescimento econômico brasileiro. Apesar das previsões de desaceleração devido ao impacto dos juros, indicadores recentes apontam para uma expansão mais robusta em 2025.

Para os próximos trimestres, no entanto, especialistas acreditam que a economia deverá começar a desacelerar, principalmente pelo efeito dos juros mais altos, que ainda devem se manter em patamares elevados.

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