Brasil, 3 de junho de 2025
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Eduardo Cunha pede intercessão a Cid Gomes sobre processo eleitoral

Ex-parlamentar busca apoio para garantir sua elegibilidade em futuras eleições.

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, está em busca de apoio para garantir sua elegibilidade em futuras eleições. Recentemente, ele pediu a Cid Gomes que intermediasse uma comunicação com o presidente Jair Bolsonaro, com o intuito de evitar que a Advocacia-Geral da União (AGU) recorresse contra a decisão que suspendeu sua inelegibilidade. Essa decisão foi um marco importante na trajetória política de Cunha, que enfrentou sérias acusações relacionadas à operação Lava-Jato.

A trajetória de Cunha e a importância da decisão judicial

Cunha foi cassado em 2016 pelo Conselho de Ética da Câmara em meio a denúncias envolvendo corrupção e propinas nos contratos da Petrobras. Como resultado de sua cassação, ele se tornou inelegível até 2026, conforme a Lei da Ficha Limpa. No entanto, em junho de 2022, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu uma decisão favorável, permitindo que Cunha disputasse novamente cargos políticos. Isso trouxe à tona sua preocupação com o possível recurso da AGU, que poderia barrar sua candidatura.

Em uma conversa gravada, Cunha expressou sua gratidão e pediu que Cid transmitisse a Bolsonaro sua solicitação: “Muito obrigado, agradeça ao nosso presidente, diga a ele, por favor, que agora é a hora dele falar com a AGU para não recorrer”. A resposta de Cid ressaltou a importância de não recorrer à decisão, reforçando a ideia de que a vontade da Câmara deve ser respeitada na atuação da AGU.

Consequências da atuação do Ministério Público

Enquanto Cunha tentava garantir sua posição política, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu recorrer da decisão que favorecia o ex-deputado. Apesar do contragolpe, a decisão do TRF-1 se manteve, permitindo que Cunha disputasse um assento na Câmara pelo estado de São Paulo nas eleições de 2022. Contudo, seu retorno à política não foi como esperado; ele recebeu apenas 5.044 votos e não conseguiu ser eleito.

A pressão sobre a Advocacia-Geral da União

A situação de Cunha expõe a complexidade da relação entre a política e a Justiça no Brasil. A pressão para que a AGU não recorresse a uma decisão judiciária reforça um desafio constante para ex-políticos que enfrentam processos e acusações. A dúvida que persiste é como a AGU, que representa interesses do governo, decidirá diante de tais solicitações e pressões.

Cid Gomes, ao não comentar mais sobre a questão após sua conversa com Cunha, deixou em aberto as intenções de Bolsonaro em relação ao pedido do ex-parlamentar. Essa incerteza é refletida por muitos que observam a política brasileira, onde alianças e antagonismos moldam o cenário eleitoral de maneira imprevisível.

Um olhar para o futuro

Eduardo Cunha, apesar de problemas eleitorais nas últimas eleições, continua sendo uma figura polêmica e influente na política brasileira. Sua biografia política, marcada por ascensão e quedas dramáticas, poderá se desdobrar em novas candidaturas e novos desafios. O que resta saber é quais serão as consequências de sua estratégia de intermediar apoio e como isso afetará sua imagem pública e suas aspirações políticas.

O embate entre os interesses do Executivo, representados pela AGU, e a vontade do Legislativo, simbolizada na figura de Cunha e de seus aliados, permanecerá em destaque nas próximas eleições, onde as tramas políticas se entrelaçam em um jogo de poder contínuo no Brasil.

Assim, as lições tiradas desse episódio poderão refletir diretamente nas decisões de outros políticos que, à semelhança de Cunha, buscam reverter situações desfavoráveis e garantir seu espaço no cenário político nacional.

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