Brasil, 18 de maio de 2025
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Secretário do Tesouro americano minimiza preocupação com dívida e tarifas

Scott Bessent afirma que governo Trump busca impulsionar a economia e reduzir gastos públicos, apesar do rebaixamento da Moody's.

No cenário econômico atual, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, procurou desviar as atenções das preocupações relacionadas à dívida pública dos Estados Unidos e ao impacto inflacionário decorrente das tarifas sobre grandes empresas, como a Walmart. Em uma entrevista concedida ao programa “Meet the Press” da NBC, Bessent reafirmou o compromisso da administração Trump em impulsionar a economia e controlar os gastos públicos.

Impacto das tarifas e a visão de Bessent

Durante a entrevista, Bessent foi questionado sobre o recente rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência Moody’s, que considera um indicador de saúde financeira do país. Ele rechaçou o impacto desse rebaixamento, enfatizando que as notas das agências de avaliação são, muitas vezes, indicadores atrasados. “Não chegamos até aqui nos últimos 100 dias. Isso é resultado do governo Biden e dos gastos que vimos nos últimos quatro anos”, afirmou.

Além disso, Bessent discutiu seu contato recente com Doug McMillon, CEO da Walmart, e como a varejista está se preparando para lidar com o aumento das tarifas de importação. Apesar das preocupações expressas pelo Walmart sobre a possibilidade de aumento nos preços aos consumidores, o secretário comentou que a empresa tem um histórico de absorver tais custos.

O posicionamento do presidente Trump

O presidente Donald Trump também se manifestou sobre a questão, instando a Walmart a não atribuir a culpa pelas altas de preços às tarifas. “O Walmart deve engolir as tarifas”, sugere Trump, desafiando a gigante do varejo a encontrar alternativas em vez de repassar os aumentos para os consumidores. Bessent apoiou essa visão, afirmando que a empresa deve adotar uma abordagem semelhante ao que fez em anos anteriores.

A situação da inflação nos EUA

Bessent argumentou que a inflação tem mostrado sinais de desaceleração, destacando que houve uma queda na inflação de serviços. Ele afirmou que a recente performance da economia pode ser observada através da redução da inflação em certos setores, embora reconheça que o debate sobre as tarifas e sua relação com a inflação ainda seja uma questão complexa.

Expectativas sobre tarifas e negociações

Além das tarifas impostas a países como a China, Bessent alertou que, para outros países, as tarifas poderão ser impostas unilateralmente. Ele enfatizou a necessidade de negociações de boa fé, afirmando: “Se não estiverem negociando de boa fé, vão receber uma carta dizendo ‘aqui está a tarifa’”. A atitude firme do secretário reflete uma abordagem pragmática em relação às relações comerciais internacionais.

Respostas sobre a Rússia e outros desafios globais

Sobre o cenário das sanções à Rússia, Bessent preferiu não prever resultados, mas reafirmou que a administração Trump não hesitará em intensificar as sanções caso o presidente russo, Vladimir Putin, não se mostre disposto a negociar de maneira construtiva. Ele lembrou que os Estados Unidos atuam em conjunto com seus parceiros europeus na questão das sanções.

Por fim, em resposta às críticas relacionadas à aceitação de um jato 747 do Catar oferecido a Trump, Bessent reiterou que isso era uma distração e que as parcerias no Oriente Médio continuarão a ser benéficas. Ele declarou que muitos países da região não estão preocupados com a nota da Moody’s, pois estão em processo de investimento no futuro.

O discurso de Bessent e seu enfoque na minimização da preocupação com a dívida e as tarifas reflete a tentativa da administração Trump de manter a confiança do mercado e promover um ambiente econômico estável, ao mesmo tempo que mantém as negociações internacionais em andamento.

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