No cenário atual do futebol brasileiro, a esperança pelo hexacampeonato mundial aflige a todos os apaixonados pelo esporte. Com a chegada do experiente técnico Carlo Ancelotti à seleção brasileira, um misto de otimismo e incerteza permeia a gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a preparação para as próximas competições internacionais.
As polêmicas da gestão CBF
A CBF enfrenta críticas severas desde a gestão de Ednaldo Rodrigues, que introduziu um modelo de administração inspirador, porém polêmico, semelhante ao do técnico fictício Ted Lasso. Ao contrário do sucesso da série de TV, a tentativa de inovação comandada por Ednaldo não trouxe resultados satisfatórios. A seleção passou por uma fase tumultuada, com desempenhos considerados alguns dos piores de sua história.
A contratação de Carlo Ancelotti, embora esperada, chegou com um atraso de um ano e em meio a contestações jurídicas que ameaçam a permanência de Ednaldo no poder. Em meio a essa confusão, a chegada do treinador italiano representa uma última esperança para muitos torcedores.
A expectativa em torno de Ancelotti
Ancelotti está previsto para fazer sua primeira convocação no dia 26, e muitos já se perguntam sobre o impacto que sua liderança poderá ter na seleção. No entanto, há uma incerteza significativa em relação ao seu futuro devido à instabilidade na presidência da CBF. A eleição de Reinaldo Carneiro Bastos, um dos principais críticos da gestão de Ednaldo, poderá mudar o curso das coisas ainda antes de Ancelotti assumir oficialmente.
Apesar das incertezas, Ancelotti parece determinado a cumprir sua palavra e assumir a condição de treinador da seleção, mesmo que a sua permanência fique ameaçada pelas movimentações políticas dentro da CBF. A possibilidade de uma gestão conturbada não é o ideal para uma seleção que ainda aspira ao sucesso nas Eliminatórias e, quem sabe, na Copa do Mundo.
Futebol: um jogo de surpresas
A história do futebol é repleta de exemplos que demonstram que caminhos inesperados podem levar a vitórias fenomenais. Às vezes, equipes que parecem estar passando por crises profundas conseguem reverter a situação e conquistar títulos. A Argentina, por exemplo, se tornou campeã do mundo após uma sequência de recusas à liderança técnica, finalmente sendo comandada por um assistente que já estava na equipe. Essa lógica faz parte do “misticismo” do futebol, onde resultados impressionantes podem surgir mesmo das circunstâncias mais adversas.
Assim, a seleção brasileira poderá sim alcançar grandes feitos sob o comando de Ancelotti. Se conseguir vencer as quatro partidas restantes nas Eliminatórias, a equipe ainda poderá garantir sua vaga na Copa do Mundo, alimentando as esperanças de toda uma nação.
A necessidade de renovação na CBF
A reflexão sobre a condição da CBF não pode ignorar a necessidade urgente de preparar novos dirigentes com reais competências administrativas. A história recente mostra que os últimos presidentes da confederação não possuem laços significativos com o mundo do futebol. Entre eles, apenas um jogador que teve uma carreira breve e pouco impactante.
A situação fica ainda mais evidente quando se observa a recusa de Ronaldo Fenômeno, um dos maiores nomes do futebol mundial, em assumir cargos executivos. A falta de abrir portas para figuras com notável experiência e antecedentes admiráveis evidencia um sistema que preferencialmente mantém o status quo, mesmo em detrimento da competência e inovação necessárias para gerir a principal instituição do futebol no Brasil.
O que esperar do hexa
Independentemente das disputas políticas e administrativas, Ednaldo terá ao menos a marca de ter trazido Ancelotti para a seleção, o qual é considerado um dos técnicos mais consagrados de sua geração. Com isso, a expectativa reside em acreditar que o hexa é viável mesmo diante de um panorama complexo e conturbado, onde a esperança se alimenta da crença de que, às vezes, um time que faz tudo “errado” ainda pode alcançar a glória.
A torcida se manteve firme na crença de que o hexacampeonato está mais perto do que se imagina. Assim, diante das adversidades, o lema é claro: “Creia!”
