No último domingo (18/5), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a investigação de duas novas suspeitas de foco de gripe aviária do tipo H5N1 no Brasil. As investigações estão concentradas nas regiões do Rio Grande do Sul e Tocantins, onde a situação exige atenção redobrada das autoridades competentes.
Investigação em andamento
A primeira investigação ocorre em uma propriedade de subsistência situada a 3 km de uma granja comercial em Montenegro (RS), onde foi registrado o primeiro foco da doença em aves no país. O Mapa informou que já foram coletadas amostras do local, e o material está a caminho do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, com a expectativa de resultados preliminares até o fim desta segunda-feira (19/5).
No local da granja comercial, todas as aves e ovos foram descartados, e as instalações estão passando por um rigoroso processo de limpeza e desinfecção. Além disso, o Mapa tomou medidas para rastrear e destruir todos os ovos que saíram da granja afetada, buscando prevenir a disseminação do vírus.
Em Minas Gerais, a situação também é crítica. O governo local descartou 450 toneladas de ovos vindos da granja afetada, reforçando as medidas de segurança alimentar e saúde pública.
Outra suspeita no Tocantins
O segundo foco em investigação refere-se a um caso registrado em Aguiarnópolis (TO), que faz divisa com o Maranhão. Embora uma análise preliminar tenha confirmado a presença de um tipo de influenza, o Mapa informou que há uma “baixa probabilidade” de se tratar de uma cepa de alta patogenicidade (IAAP), de acordo com as características observadas durante a investigação. A coleta de amostras para análise laboratorial já foi iniciada, e as autoridades estão atentas para garantir que a situação permaneça sob controle.
A tendência de aumento no número de investigações foi mencionada pelo Mapa, que destacou que, após a declaração de emergência nas áreas afetadas, o sistema se torna mais sensível e aperfeiçoado, resultando em um maior número de casos investigados. Essa abordagem é um reflexo do compromisso do Brasil com a proteção da saúde animal.
Medidas de prevenção em outras regiões
Além dos focos no Rio Grande do Sul e Tocantins, o governo de Santa Catarina também iniciou uma investigação para a coleta de amostras, embora os resultados ainda não tenham sido divulgados. Atualmente, há seis casos de síndrome respiratória nervosa das aves sob análise no país, e os especialistas estão atentos às possibilidades de contágio, pois a gripe aviária e a doença de Newcastle têm apresentado riscos semelhantes.
O governo de Goiás, mesmo sem registros de gripe aviária no estado, decretou uma situação de emergência zoossanitária, com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância e resposta rápida em caso de qualquer eventualidade. Isso demonstra uma proatividade das autoridades locais em monitorar e prevenir possíveis surtos da doença.
Posicionamento das autoridades
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que o Brasil possui controles sanitários eficientes e exemplares. Ele reafirmou que não há riscos associados ao consumo de carne de frango e ovos, tranquilizando a população em meio às investigações de gripe aviária.
As autoridades competentes estão mobilizadas para garantir a saúde pública e a segurança alimentar, com guerra contra a propagação da gripe aviária. A população é recomendada a seguir as orientações das autoridades de saúde e veterinária, e as informações sobre o estado das investigações devem ser acompanhadas de perto.
A luta pela prevenção e controle da gripe aviária é crucial para a saúde das aves no Brasil e, consequentemente, para a segurança alimentar da população. Portanto, o trabalho conjunto de todos os setores envolvidos será fundamental para combater essa ameaça sanitária.