Brasil, 18 de maio de 2025
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Disputa em Santa Catarina: quem será o mais bolsonarista?

A briga política de 2026 em Santa Catarina gira em torno de quem é o candidato mais alinhado a Bolsonaro.

A campanha para o governo de Santa Catarina em 2026 já começa a se desenhar com dois principais candidatos, Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD), buscando provar ao eleitor qual deles é o mais bolsonarista. Mello, que se prepara para a reeleição, aparece como favorito nas pesquisas, enquanto Rodrigues, prefeito de Chapecó, corre logo atrás. Neste cenário político, estratégias e alianças se diversificam, e o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser um divisor de águas.

O cenário político em Santa Catarina

O jogo político no estado se intensifica, com movimentações que podem impactar o futuro das candidaturas. Jorginho Mello deve se concentrar em sua reeleição, mas enfrenta pressões internas do PL, que busca expandir sua base aliada. A proposta de apoio ao prefeito João Rodrigues para uma das duas vagas ao Senado complica ainda mais a dinâmica. O grupo mais próximo de Mello parece preferir Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, como o candidato ao Senado.

Bolsonaro se posiciona em meio a essas negociações, apoiando as deputadas federais Júlia Zanatta e Caroline de Toni, ambas do PL, como potenciais candidatas ao Senado. Zanatta, empolgada com a possibilidade, afirmou: “A única aliança que o povo quer é a que vai retomar o equilíbrio dos Poderes e colocar um freio no STF.” Para ela, com uma chapa pura, Jorginho teria chances reais de vitória, como foi em 2022.

Alianças e estratégias políticas

Por outro lado, Mello resiste em abrir mão das duas vagas ao Senado, uma vez que isso lhe custaria um palanque valioso para estabelecer alianças. Ele já conta com o apoio de Marilisa Boehm, atual vice, e a interpretação é que a manutenção desse suporte é fundamental para sua estratégia de reeleição. O PSD, partido ao qual Rodrigues pertence, busca aproximações e já considera possíveis movimentações com a filiação de Zanatta a novas legendas como o Novo ou o União Brasil. Contudo, Zanatta deixou claro que não tem intenções de mudar de partido.

Tanto Zanatta quanto Caroline de Toni trazem um forte viés conservador, alinhando-se com pautas armamentistas e de costumes. Caroline, por exemplo, fez uma forte defesa das bandeiras “antifeministas” e, como ex-aluna de Olavo de Carvalho, é vista como uma figura reconhecida dentro do bolsonarismo. Entretanto, a escolha entre as candidatas continua sendo um ponto tenso nas negociações.

Reflexos da última eleição

O favoritismo da direita em Santa Catarina pode ser explicado pelo desempenho nas eleições gerais passadas. Bolsonaro obteve 70% dos votos válidos contra Lula no segundo turno, e Mello alcançou um percentual semelhante em sua disputa contra Décio Lima, do PT. Essa tendência consolida a direita como um potencial vencedor, embora a esquerda lance seu nome mais competitivo para a viabilidade do Senado, que pode ser Décio Lima, o mesmo que chegou ao segundo turno na última eleição.

As movimentações do prefeito Rodrigues apontam que ele ainda se mantém firme na disputa, apesar das especulações sobre uma possível saída do PSD. “Sou raiz, venho lá de trás, disputei pelo PFL minha primeira eleição contra o PT. Bolsonaro é meu amigo pessoal,” afirmou Rodrigues, reforçando seu alinhamento com o ex-presidente.

As próximas etapas da disputa

Como será construído o cenário político de Santa Catarina continua a ser uma questão. A direção estadual do PSD, liderada pelo secretário da Casa Civil do prefeito, assegura que Rodrigues se manterá como candidato, porém, a decisão final está nas mãos do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. É um jogo político em que, dependendo das alianças formadas, as possibilidades mudam rapidamente.

Enquanto isso, Mello, cada vez mais vocal a favor de seu antecessor, participa das mobilizações promovidas por Bolsonaro, indicando que ele vê isso como um fator crucial para sua reeleição. Decisões e ações estão por vir, e a disputa promete ser acirrada.

O que se espera para os próximos meses é que essas movimentações se consolidem, gerando um cenário político que poderá definir não apenas o futuro das candidaturas, mas também o alinhamento de Santa Catarina dentro do espectro político nacional.

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