Brasil, 17 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Rio Grande do Sul enfrenta desafio nas exportações de aves

O estado representa 13,17% das exportações de aves do Brasil, mas impactado pela gripe aviária e suspensão de compras internacionais.

O setor avícola do Rio Grande do Sul, que correspondeu a 13,17% das exportações de aves do Brasil em 2023, enfrenta um momento crítico devido ao primeiro caso de gripe aviária registrado em uma granja comercial no país. Este desdobramento, que ocorreu no município de Montenegro, lançou um alerta sobre a saúde do setor e suas implicações para o mercado exterior.

Impacto econômico das exportações de aves

Em 2024, o Brasil exportou US$ 9,59 bilhões em produtos de aves, com o Rio Grande do Sul contribuindo com US$ 1,26 bilhão desse total. Os dados são da balança comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Contudo, a detecção do vírus elevou preocupações que resultaram na suspensão das compras brasileiras de carne de frango por países como China, União Europeia (UE) e Argentina.

A suspensão foi motivada pela aplicação de protocolos sanitários que não consideram o princípio de regionalização. Este princípio, defendido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), permitiria que as exportações fossem restringidas apenas à área de 10 quilômetros ao redor do foco de infecção, sem comprometer a cadeia produtiva do restante do estado.

“A adesão ao princípio de regionalização é essencial, uma vez que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo”, declarou o Mapa em um comunicado oficial.

Desafios e medidas de contenção

Além da crítica do Mapa sobre a falta de consideração da regionalização, o ministério insistiu que não há restrições generalizadas às exportações de produtos de aves do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, a situação exige atenção redobrada, uma vez que a gripe aviária pode impactar não apenas a saúde pública, mas também a economia local, dependente fortemente das exportações avícolas.

Montenegro, onde o foco da doença foi identificado, é um exemplo da vulnerabilidade do setor. O Mapa destaca que a circulação do vírus ocorre há anos em regiões como Ásia, África e norte da Europa, e que, desde 2006, esses eventos têm sido monitorados de perto, mas ainda assim a situação é preocupante.

Segurança alimentar e saúde pública

O Ministério da Agricultura alertou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, assegurando à população que os produtos alimentares inspecionados são seguros. “Não há razão para alarme em relação ao consumo desses alimentos”, enfatizou o Mapa, que também reforçou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo e que os casos emergentes ocorrem, na maioria das vezes, entre pessoas que têm contato intenso com aves infectadas.

“Podemos garantir que a identificação rápida do vírus e as ações efetivas para controle e erradicação demonstram a robustez do nosso sistema de inspeção”, finaliza o órgão.

O futuro do setor avícola no Brasil

O cenário não é apenas uma crise local, mas tem repercussões globais, uma vez que o Brasil é um dos líderes do mercado mundial na produção de aves. A continuidade das exportações e a recuperação do setor dependem de ações rápidas e eficazes que garantam a segurança e confiança do consumidor. Em meio a isso, o Mapa busca negociar com os países parceiros, enfatizando a importância da regionalização nas decisões de importação.

A situação atual é um lembrete da vulnerabilidade do setor agropecuário e da necessidade de medidas preventivas para minimizar os riscos. Com o potencial de afetar a economia e a segurança alimentar, a luta contra a gripe aviária será crucial para garantir que o estado do Rio Grande do Sul continue a ser um patrimônio importante das exportações brasileiras de aves.

Com os olhos voltados para o futuro, a esperança é que o setor avícola se recupere rapidamente, restabelecendo a confiança e assegurando a estabilidade econômica da região.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes