Brasil, 16 de maio de 2025
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STF concede habeas corpus a motorista que atropelou cantor em SP

Thiago Arruda aguarda alvará de soltura após atropelar e matar Adalto Mello, cantor de pagode, em acidente em São Vicente.

No último dia 29 de dezembro, um trágico acidente em São Vicente, litoral de São Paulo, resultou na morte do cantor de pagode Adalto Mello, de 39 anos. O responsável pelo atropelamento, Thiago Arruda Campos Rosa, de 32 anos, foi preso após ser flagrado dirigindo embriagado e em alta velocidade. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus ao motorista, que agora aguarda liberação da Penitenciária II de Tremembé.

A decisão do STF e o caso de Thiago Arruda

A decisão do STF, tomada pelo ministro André Mendonça, ocorreu na quarta-feira, dia 14. Thiago havia sido inicialmente negado em todas as instâncias anteriores, mas o ministro argumentou que, por não apresentar antecedentes criminais e comprovar residência fixa, era viável a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão. O habeas corpus permite que Thiago aguarde o processo em liberdade, a partir da definição formal das medidas cautelares e expedição do alvará de soltura pela Justiça de São Vicente.

O acidente fatal ocorreu quando Adalto pilotava sua motocicleta na Avenida Tupiniquins e foi atingido pelo veículo de Thiago, que estava sob a influência de álcool. O teste do bafômetro indicou que o motorista apresentava 0,82 mg/l de álcool no sangue, um número alarmante que excede em 2050% o limite permitido pela legislação brasileira. Essa alta taxa alcoólica resulta em penalizações pesadas, incluindo a possibilidade de prisão.

As circunstâncias do acidente

Informações do Instituto de Criminalística revelaram que Thiago dirigia em uma velocidade incompatível com o trânsito local, cujo limite era de 50 km/h. O laudo indicou que a velocidade era excessiva, mas não foi possível determinar a velocidade exata no momento do acidente. As circunstâncias em que ocorreu o atropelamento levantam discussões sobre o comportamento do réu e a natureza do acidente, com a defesa argumentando pela caracterização de homicídio culposo. O advogado de Thiago, Mário Badures, sustentou que o acidente não teve dolo, ou seja, intenção de matar.

O impacto da tragédia na vida de Adalto Mello

Adalto Mello, além de cantor e compositor, era formado em Educação Física e pai de um menino de 10 anos. Nascido em Santos, o músico teve um amor profundo pela música desde a infância, quando começou a tocar violão e, posteriormente, cavaco. Ele se apresentava em eventos e sonhava em viver de sua arte. Sua morte não apenas abalou a comunidade musical, mas também deixou um vazio na vida dos familiares e admiradores.

O acidente, captado por câmeras de segurança, ilustra a gravidade da situação. As imagens mostram o impacto brutal e as consequências do atropelamento, levando à morte imediata de Adalto, mesmo com os esforços das equipes de emergência que chegaram ao local. A tragédia tem gerado discussões em torno da responsabilidade de motoristas sob efeito de álcool e a necessidade de medidas mais severas contra a embriaguez ao volante.

Próximos passos no processo judicial

A Justiça de São Vicente agendou uma audiência virtual de instrução para o dia 17 de junho, onde testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas. A audiência inclui relatos de policiais que atenderam a ocorrência e familiares da vítima. O juiz decidirá, após as oitiva, se o caso prosseguirá para um júri popular.

Enquanto aguarda o desenrolar do processo, Thiago Arruda enfrenta a repercussão do caso, que suscitou debates sobre a segurança no trânsito e a responsabilidade individual. É uma lembrança de que decisões imprudentes ao volante podem levar a tragédias irreversíveis, afetando não apenas as vítimas, mas também as vidas de todos os envolvidos, incluindo familiares que convivem diariamente com a dor da perda.

O destino de Thiago e as implicações legais de seu ato, assim como a busca por justiça para Adalto Mello, permanecerão no centro da atenção pública e nos debates sobre a segurança e a legislação de trânsito no Brasil.

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